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Na Ásia, a Boeing tem uma nova arma contra a Airbus

Inédito. Pela primeira vez, a região da Ásia e do Pacífico ultrapassou a América do Norte como o maior mercado de aviação. Os números para 2013, projetados pela IATA, impressionam: além dos 4,9% de crescimento no tráfego, a margem operacional das companhias deverá crescer 5,3%.

"É um mercado em explosão. Metade da população mundial vive nesta área. Hoje, um alemão viaja 2,5 vezes por ano, um chinês 0,44", garante Steffen Harbarth, vice-presidente da Lufthansa para a Ásia–Pacífico. "Imaginem o que isto pode representar nos próximos anos." Mas também é um mercado difícil: a concorrência feroz das companhias do Golfo – esmaga preços mas com boa qualidade. E isto traz-nos ao alvo desta viagem: o novo Boeing 747-8, que a Lufthansa começou a utilizar estes mês na rota Frankfurt-Hong Kong.

Com 467 lugares (na configuração da Lufthansa), o novo peso-pesado americano está bastante abaixo do A380 da Airbus (555 lugares). Mas contra o peso, dimensões e exigências logísticas do A380 (há pistas onde não pode aterrar), o novo 747-8 tem uma vantagem, garante Bruce Dickinson, engenheiro-chefe do programa 747: "Temos autorização para voar com este avião para 101 aeroportos, enquanto a Airbus só tem 30."

Nos últimos meses, a agenda da Boeing foi dominada pelos problemas no 787 Dreamliner, mas espera agora ganhar terreno no mercado dos grandes aviões. Aqui, os números não são nada pacíficos. Enquanto a Airbus projeta que serão necessários 1330 aviões de grandes dimensões (Very Large Planes) nos próximos 20 anos – o que justifica o investimento no A380 – , a Boeing reduz este número para 790 e tem trabalhado em aviões intermédios. "Para cada aumento de 15% no número de lugares, nós temos um avião diferente", diz Dickinson. Ao contrário da Airbus, que criou um fosso entre o A350 XWB (a TAP encomendou dez) e o gigante A380.

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