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AVIANCA espera que 2013 seja ano do 1º lucro

Com uma estratégia de ofertar serviços diferenciados e obter alta ocupação de seus voos, a Avianca no Brasil espera registrar o primeiro lucro neste ano e um crescimento da receita de 30%, para R$ 1,75 bilhão, em relação a R$ 1,35 bilhão em 2012. «Queremos fazer deste ano o ano da virada», disse o vice-presidente Comercial e de Marketing da companhia, Tarcísio Gargioni.

O executivo afirmou que, no ano passado, a companhia «ficou no zero a zero» em termos de resultado lí­quido, mas não informou um dado preciso.

No último trimestre de 2011, o presidente da companhia, José Efromovich, havia dito que 2012 seria o primeiro ano lucrativo para a companhia. Mas, mesmo sem o valor exato, o resultado da Avianca foi significativamente melhor do que o apresentado pelas principais concorrentes, TAM e Gol, que tiveram prejuízos superiores a R$ 1 bilhão.

Segundo Gargioni, a principal justificativa para o melhor desempenho financeiro da Avianca é a taxa de ocupação (load factor) mais elevada que a companhia vem registrando, frente a seus pares. Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Avianca registrou no acumulado de 2012 uma taxa de ocupação de 79,37%, acima da média do setor, de 72,95%.

Desde setembro, esse indicador da companhia está acima dos 80% e, em março, ficou em 82,15%, ante a média do setor de 71,33%. «Tem empresa grande na casa dos 65% a 67%», comentou Gargioni. No mês passado, a Gol apresentou taxa de ocupação de 65,27%, segundo a Anac.

«Esses 10 pontos porcentuais de diferença com o mercado fazem toda diferença», disse o executivo, que explicou que, com uma maior ocupação, a companhia pode oferecer tarifas competitivas, mesmo tendo custos maiores que suas concorrentes.

A Avianca tem como estratégia oferecer um serviço diferenciado, com maior espaço entre as poltronas (o que reduz o número de assentos por aeronave), mais opções de entretenimento e lanches sem custo adicional. «Oferecendo um produto melhor e cobrando o mesmo preço (que as concorrentes), mais pessoas optam pela Avianca, o que cobre o custo maior», declarou o executivo.

Apesar da expectativa positiva para 2013, Gargioni indicou que a efetivação «da virada» para a Avianca dependerá do comportamento da economia ao longo do ano. O primeiro trimestre mostrou-se fraco, ocasionando desempenho semelhante no mercado de aviação doméstica, que apresentou queda de 1,19% na demanda (passageiro-quilí´metro transportado pago – RSK), conforme dados da Anac.

«Mas estamos indo bem, encerramos o primeiro trimestre dentro do previsto em custo e receita», disse, sem citar valores. Segundo Gargioni, a companhia estabeleceu suas projeções para 2013 com base em uma estimativa de crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

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