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Dados apontam sucesso econômico da Copa e projetam incentivo a negócios

Dados divulgados esta semana já consolidam o sucesso da Copa do Mundo no Brasil do ponto de vista econômico e de negócios, apesar de a oposição e setores da mídia nos últimos meses terem apostado no fracasso desses aspectos. Um dos estudos mais importantes aponta para estimativas segundo as quais o maior evento do futebol mundial deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia do país. A pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) foi encomendada pelo Ministério do Turismo e feita a partir dos números consolidados durante a realização da Copa das Confederações no ano passado, que injetou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro.

O estudo indica que o impacto do Mundial será de, aproximadamente, três vezes o valor da Copa das Confederações, a partir de dados que incluem impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia. Uma entrevista coletiva com os ministros do Turismo (Vinicius Lages), Comunicação Social (Thomas Traumann) e Esporte (Aldo Rebelo), marcada para sexta-feira (11), às 14h, no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro, para anunciar novas informações, foi adiada para a próxima semana, por problemas de agenda, de acordo com a assessoria de Comunicação da pasta do Turismo.

Porém, o próprio ministério calcula que a Copa do Mundo produz quase 1 milhão de empregos no país, o que representa mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais criados ao longo do governo da presidenta Dilma Rousseff. Do total de vagas, 710 mil são fixas e 200 mil temporárias, mas todas com carteira assinada, segundo o governo.

Do ponto de vista dos negócios, a Copa proporcionou reuniões e encontros de empresários estrangeiros que não vieram ao Brasil apenas para assistir aos jogos e torcer para as seleções. A Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu ações e encontros durante a realização do torneio e trouxe mais de 2,3 mil empresários estrangeiros, que participaram de diversas atividades, como visitas a empresas e reuniões. O principal objetivo dessas atividades é a ampliação dos negócios.

Com a iniciativa de catalisar negócios a partir do "gancho" da Copa do Mundo, a Apex-Brasil acredita na geração de R$ 6 bilhões de dólares em exportações em 12 meses, o que equivale ao dobro do que foi gerado por ação semelhante promovida a partir da Copa das Confederações de 2013, realizada em seis sedes: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

Antecipando-se em três anos à Copa no Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou, em 2011, um projeto de preparação de empresas para o evento. O projeto Sebrae 2014 foi promovido nas 12 cidades-sede da Copa e teve investimentos de R$ 90 milhões.

Segundo a entidade, 43.910 micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais procuraram o Sebrae e devem faturar mais de R$ 500 milhões adicionais em decorrência de terem se preparado para a oportunidade, disse, na segunda-feira (7), o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

"A gente tinha uma expectativa de que seria meio bilhão de reais. Passamos isso nesta semana e vamos divulgar um balanço após a Copa. É um sucesso", afirmou Barretto, em coletiva no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro. "Trabalhamos a ideia de ter legados, de preparar a empresa, não só para faturar mais nos dias de Copa, mas para ter mais competitividade, mais qualidade e para que essas empresas sobrevivam no mercado, que é cada vez mais concorrencial", acrescentou.

De acordo com o Sebrae, tiveram presença marcante no projeto os setores da construção civil, turismo e serviços, mas também economia criativa, artesanato, madeira e móveis, produção de alimentos, tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias, e comércio varejista.

O comércio varejista, segundo dados divulgados pela Visa Inc., líder mundial do segmento de cartões de crédito, demonstra crescimento significativo nas compras. Relatório de turismo da Visa, que inclui crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos durante a Copa do Mundo, e registra os gastos durante a primeira fase do Mundial (de 12 a 26 de junho) revelam que as compras em algumas cidades-sede do evento cresceram muito mais do que 100% nos gastos de turistas.

Natal (RN) registrou aumento de 851%, Cuiabá (MT) de 963%, Curitiba (PR) de 167% e Manaus (AM) de 409%, na comparação com o mesmo período do ano passado. "O turismo internacional foi muito além das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e levou torcedores atrás dos times, por todo o Brasil", disse Rubén Osta, diretor-geral da Visa do Brasil…

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