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Embraer: Divulgação de resultados do 3º trimestre de 2017

As informações operacionais e financeiras da Empresa, exceto quando de outra forma indicadas, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com as normas contábeis IFRS (International Financial Reporting Standards) e em Reais. Os dados financeiros trimestrais são derivados de demonstrações financeiras não auditadas, enquanto aqueles correspondentes aos períodos anuais são auditados, exceto quando de outra forma indicado.

RECEITA LÍQUIDA E MARGEM BRUTA

No 3T17, a Receita lí­quida teve queda de 16% e ficou em R$ 4.144,7 milhões, comparada aos R$ 4.913,4 milhões do 3T16, o que pode ser explicado pela combinação da queda no número de entregas da Aviação Comercial e da Aviação Executiva, bem como uma diminuição de 14% na receita do segmento de Defesa & Segurança. Nos primeiros nove meses do ano (9M17), a receita lí­quida da Embraer foi de R$ 13.058,2 milhões representando uma queda de 11% em comparação ao 9M17 o que pode ser explicado principalmente em função da valorização do Real ocorrida no período. No trimestre, a Companhia entregou 25 aeronaves comerciais e 20 executivas (13 jatos leves e sete jatos grandes), comparado a entrega de 29 aeronaves comerciais e 25 jatos executivos (13 jatos leves e 12 jatos grandes) entregues no 3T16. No acumulado de 2017, foram entregues 78 aeronaves comerciais e 59 jatos executivos (40 jatos leves e 19 jatos grandes), comparado a um total de 76 aeronaves comerciais e 74 executivas (48 jatos leves e 26 jatos grandes) entregues no mesmo período de 2016.

A Margem bruta consolidada subiu de 18,8% no 3T16 para 19,0% no 3T17 impactada principalmente pela melhoria no segmento de Aviação Comercial que compensou a queda nos segmentos de Aviação Executiva e de Defesa & Segurança. No 9M17, a Margem bruta consolidada foi de 17,6%, comparada aos 19,8% do 9M16.

RESULTADO OPERACIONAL E MARGEM OPERACIONAL

O Resultado operacional (EBIT) e a Margem operacional no 3T17 foram de R$ 206,9 milhões e 5,0%, respectivamente, e apresentaram crescimento em relação aos R$ (96,4) milhões e os -2,0% reportados no 3T16. Os resultados da Companhia incluem itens não recorrentes nos terceiros trimestres de 2016 e 2017. No 3T17, o EBIT inclui a despesa de R$ 11,4 milhões, referentes aos impostos sobre as remessas executadas para pagamentos no exterior, após a finalização da investigação do FCPA. Nos resultados do 3T16, o EBIT incluiu o impacto negativo da provisão de perda de R$ 402,4 milhões, sendo R$ 384,4 milhões relacionados ao Programa de Demissões Voluntárias (PDV) da Companhia e R$ 18,0 milhões relacionados à investigação da FCPA. Excluindo-se esses itens não recorrentes, no 3T17, o EBIT ajustado foi de R$ 218,3 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 5,3% e no 3T16 o EBIT ajustado foi de R$ 306,0 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 6,2%. No 9M17, o EBIT e a margem EBIT foram de R$ 841,7 milhões e 6,4%, respectivamente, comparados ao EBIT de R$ (203,7) milhões e à margem EBIT de -1,4% do 9M16. Já o EBIT ajustado foi de R$ 846,0 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 6,5% no 9M17, comparados ao EBIT ajustado de R$ 883,6 milhões e à margem EBIT ajustada de 6,0% do 9M16.

As despesas administrativas totalizaram R$ 151,1 milhões no 3T17, representando crescimento em relação aos R$ 107,4 milhões relatados no 3T16. As despesas comerciais caíram de R$ 281,5 milhões no 3T16 para R$ 216,9 milhões no 3T17, como resultado da queda de receita no período aliada às iniciativas de melhoria de eficiência, em andamento na Companhia. É importante mencionar que nesse ano, a feira aeronáutica (Paris Air Show) ocorreu no 2T17, enquanto que no ano passado ocorreu no 3T16, afetando positivamente as despesas comerciais do 3T17, quando comparada ao 3T16. As despesas com Pesquisa subiram de R$ 38,7 milhões no 3T16 para R$ 45,1 milhões do 3T17. Além dos impactos já citados, cabe mencionar que na comparação entre o 3T17 e o 3T16 a Real se valorizou cerca de 3% em relação ao Dólar, o que impactou diretamente os resultados.

A conta Outras receitas (despesas) operacionais lí­quidas, excluindo-se o efeito negativo dos itens não recorrentes mencionados anteriormente (R$ 11,4 milhões no 3T17 e R$ 402,4 milhões no 3T16), apresentou despesa de R$ 155,1 milhões no 3T17, comparada à despesa de R$ 188,9 milhões no 3T16. Na comparação entre os trimestres, essa queda ocorreu principalmente em função da queda nas provisões relacionadas ao impairment de aeronaves usadas no portfólio da Companhia e à diminuição de impostos sobre remessas, parcialmente compensadas por menores receitas de cancelamento e maiores despesas com TI e projetos corporativos.

RESULTADO LÍQUIDO

No 3T17, a Embraer apresentou Lucro lí­quido de R$ 351,0 milhões e Lucro por ação de R$ 0,4773. Isso se compara, no 3T16, com o Prejuízo lí­quido de R$ 111,4 milhões e com o Prejuízo por ação de R$ 0,1526. No 9M17, o Lucro lí­quido foi de R$ 678,6 milhões e Lucro por ação de R$ 0,9226, enquanto no 9M16 a Companhia apresentou Prejuízo lí­quido de R$ 62,9 milhões e Prejuízo por ação de R$ 0,0861.

O Lucro lí­quido ajustado, excluindo Imposto de renda e contribuição social diferidos e também o impacto lí­quido, após imposto dos itens não recorrentes descritos anteriormente, foi de R$ 237,9 milhões no 3T17, comparado ao Lucro lí­quido ajustado de R$ 125,2 milhões no 3T16. O Lucro por ação excluindo-se esses mesmos itens foi de R$ 0,3235 no 3T17, comparado ao Lucro por ação de R$ 0,3508 do 3T16. No 9M17, o Lucro lí­quido ajustado, foi de R$ 707,9 milhões, comparado ao Lucro lí­quido ajustado de R$ 406,0 milhões no 9M16. O Lucro por ação ajustado foi de R$ 0,9625 no 9M17, comparado ao Lucro por ação ajustado de R$ 0,5565 do 9M16.

ATIVOS E PASSIVOS MONETÁRIOS E ANÁLISE DE LIQUIDEZ

A Companhia encerrou o 3T17 com uma posição de Dívida lí­quida de R$ 2.289,9 milhões, representando crescimento em relação à Dívida lí­quida de R$ 2.188,5 milhões ao final do 2T17, principalmente em função do Uso livre de caixa no período. No final do trimestre, a Companhia possuía um Total de financiamentos da ordem de R$ 13.644,2 milhões, que representou uma queda de R$ 290,0 milhões em relação ao final do 2T17.

No 3T17, a Companhia apresentou um Uso livre de caixa ajustado de R$ 102,0 milhões (excluindo-se o impacto no caixa dos itens não recorrentes mencionados anteriormente), comparado ao Uso livre de caixa ajustado de R$ 67,7 milhões no 3T16. Isso se deve em grande parte ao menor Caixa lí­quido ajustado gerado pelas atividades operacionais (lí­quido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) de R$ 399,1 milhões no 3T17, em comparação aos R$ 759,2 milhões gerados no 3T16. No 9M17, a Companhia apresentou um Uso livre de caixa ajustado de R$ 9,4 milhões, comparado ao Uso livre de caixa ajustado de R$ 2.377,3 milhões no 9M16.

As Adições lí­quidas ao imobilizado totalizaram R$ 149,2 milhões no 3T17 frente aos R$ 404,8 milhões no 3T16, incluindo pool de peças de reposição, aeronaves disponíveis para leasing ou em leasing, investimentos em CAPEX e rendimento de vendas de imobilizado. Desse total, no 3T17, o CAPEX representou R$ 95,1 milhões. É importante mencionar que nesse montante de CAPEX reportado estão inclusas despesas relacionadas a equipamentos e imobilizado, principalmente de programas do segmento de Defesa & Segurança. Essas despesas são consideradas nos termos e condições dos seus respectivos contratos e, consequentemente, não fazem parte da estimativa de CAPEX da Companhia para 2017, de US$ 200 milhões. Esse CAPEX contratado representou R$ 2,6 milhões no 3T17. Excluindo essas despesas, o CAPEX do 3T17 ficou em R$ 92,5 milhões e no 9M17 ficou em R$ 337,5 milhões, em linha com as estimativas iniciais.

As Adições ao intangível no 3T17 foram de R$ 351,9 milhões e estão relacionadas a todos os investimentos em desenvolvimento de produtos. No trimestre não houve recebimentos relacionados à Contribuição de parceiros, o que representou um investimento lí­quido em Desenvolvimento de R$ 351,9 milhões e está relacionado principalmente ao desenvolvimento do programa dos E-Jets E2, no segmento de Aviação Comercial, que evoluiu conforme planejado. No 9M17, a Companhia investiu um total lí­quido de R$ 827,4 milhões e prevê que esses investimentos deverão ficar em linha com sua estimativa anual de US$ 400 milhões.

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