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Embraer espera cumprir meta de entregas em 2013

A construção de novos aeroportos no Brasil, voltados para a aviação geral, e o programa do governo de recuperação de 270 aeroportos regionais são considerados movimentos importantes para o crescimento da indústria de aviões e, consequentemente, para o negócio da Embraer, afirmou o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, José Filippo. «A construção de infraestrutura é fundamental para promover as atividades tanto da aviação executiva, quanto da comercial. São projetos que, sem dúvida, apresentam um cenário positivo. Mas além dos aeroportos, o desenvolvimento da indústria depende de outros fatores, incluindo o desempenho da economia», disse Filippo.

A Embraer fechou o primeiro semestre de 2013 com a entrega de 41 aeronaves executivas e 39 comerciais. Número menor se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram entregues 56 aeronaves comerciais e 33 executivas. A diminuição no número de E-Jets (a companhia lançou recentemente os E-Jets E2) impactou os resultados operacionais. A empresa está confiante em cumprir a meta de entregas de até 95 jatos comerciais, de 25 a 30 jatos executivos grandes e mais 80 de porte médio até o final do ano. A aposta está na melhora no tradicional aumento de entregas no segundo semestre.

No entanto, a fabricante amargou prejuízo de R$ 10milhõesnosegundo trimestre e de R$52 milhões no acumulado de janeiro a junho desse ano. A explicação está na apreciação do dólar frente ao real. «O resultado negativo está relacionado principalmente ao imposto de renda diferido, gerado pela apreciação do dólar que aconteceu nesse período. Foi um impacto contábil e, se isso não tivesse acontecido, o lucro lí­quido da companhia no segundo trimestre de 2013 teria sido de R$192 milhões», disse Filippo. A receita lí­quida da empresa foi de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre e de R$ 5,4 bilhões nos seis primeiros meses do ano.

A expectativa é encerrar 2013 com R$ 6,4 bilhões. No segmento de aviação comercial, a Embraer afirmou esperar estabilidade na produção nos próximos dois anos. «Em 2015 pode ter alguma melhora. Para 2014, o cenário mais provável é de estabilidade na taxa de produção», disse o presidente da companhia, Frederico Curado. O executivo disse que não vê anúncios de novas grandes encomendas no curto prazo na aviação comercial, após os anúncios feitos em junho, durante o Paris Air Show. No segmento de defesa, os esperados cortes de gastos do governo brasileiro não devem afetar os contratos da empresa.

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