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Infraero garante espaço para ampliar Aeroporto da Pampulha

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) garantiu espaço para uma eventual ampliação do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A estatal aguarda a integração de área no bairro São Luiz, em frente ao terminal, para dar início ao processo que prevê, entre outras obras, o aumento do pátio de aeronaves e a construção de três centros comerciais, dois na área da atual Vila dos Aeronautas e outro, maior, próximo à barragem e à avenida Antônio Carlos.

O espaço, de 258 mil metros quadrados, será fundamental para uma futura ampliação do aeroporto e o aumento de sua capacidade. Segundo o Comando da Aeronáutica, todos os setores do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), localizados hoje nos arredores da Praça Bagatelle, no bairro São Luiz, serão transferidos para Lagoa Santa, na Grande BH, e o terreno utilizado atualmente pelo órgão será entregue à Infraero, responsável pelo terminal. A Força Aérea anunciou que a conclusão das obras do CIAAR no município vizinho está prevista para setembro deste ano.

“Tão logo a área seja integrada ao sítio do aeroporto da Pampulha, a Infraero buscará a aplicação do Plano Diretor aprovado juntamente à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com o desenvolvimento comercial, consoante às possibilidades mercadológicas”, afirmou a estatal em nota.

Desde 2005, a Pampulha opera apenas voos regionais e serviços de táxi aéreo, como parte do processo de transferência das operações para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a 40 quilômetros do Centro de BH. A mudança se deu a partir de um acordo entre Anac, governo de Minas e prefeitura, com o objetivo de valorizar o vetor Norte da cidade e a região no entorno da Cidade Administrativa. O Aeroporto de Confins foi concedido à iniciativa privada em 2013 e é administrado pela concessionária BH Airport.

Em meio a impedimentos judiciais e projetos de ampliação, a ociosidade do Aeroporto da Pampulha aumenta a cada ano. Lojas e até a cafeteria fecharam as portas.

Divergência

Para o economista Felipe Leroy, o benefício econômico trazido pela ampliação é inegável e causaria um crescimento em cascata na região. “Todo o entorno seria favorecido, inclusive a estrutura hoteleira e os equipamentos culturais, muito presentes na Pampulha”, explica.

O economista defende ainda que um terminal mais acessível possibilitaria o incremento do turismo de negócios na capital mineira. “Hoje, a distância entre o aeroporto e o centro urbano cria um empecilho logístico para os executivos e impede que a cidade se concretize como um polo no turismo de negócios”, defende.

Entre os moradores da capital, não há consenso em relação à ampliação. Lúcio Flávio de Paula, servidor municipal, de 29 anos, mora no bairro Santo Antônio e é um dos idealizadores do movimento #PonteAéreaJá, que defende a retomada da Pampulha desde 2015. “Queremos a liberdade de escolha e uma livre concorrência que deixe os preços mais acessíveis. Temos o aeroporto mais distante do Brasil e o custo é exorbitante. Pagamos o ônus de uma decisão política e equivocada, tomada sem o consentimento da população”, afirma…

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