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Passageiros enfrentam filas nos aeroportos com a mudança das regras de voos domésticos

O Aeroporto de Congonhas, na zona Sul da capital paulista, abriu as portas uma hora mais cedo na quarta-feira da semana passada, terceiro dia de operação dos terminais brasileiros sob regras de segurança mais rígidas nos voos domésticos. A medida foi adotada para evitar as filas registradas nos dias anteriores. Para agilizar a entrada de passageiros e prevenir transtornos, o check-in das companhias aéreas começou às 4 horas.

Com a medida, o aeroporto chegou a registrar fila no início da manhã, horário de maior fluxo, mas a situação já estava mais tranquila por volta das 7h20min. Até as 11 horas, dos 91 voos previstos, apenas um estava atrasado, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O sistema de som de Congonhas avisava aos passageiros sobre as mudanças na fiscalização. Pelo alto-falante, era pedido para retirar o notebook da bagagem de mão e colocar na bandeja ao passar pelo raio x. Também alertava que algumas pessoas podiam passar por revista física. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não divulgou o critério de escolha para inspeção.

Por volta das 9h30min, não havia retenção na aérea de embarque do aeroporto, e a fila para passar do portão não chegava a cinco minutos. Por causa das mudanças, que começaram a valer na segunda-feira (18), a Anac orienta o passageiro a chegar duas horas antes do voo.

Os transtornos dos dias anteriores, no entanto, fizeram muitos deles anteciparem ainda mais a ida ao aeroporto. Com viagem marcada para João Pessoa, na Paraí­ba, a cabeleireira Sandra Lins, de 48 anos, chegou quatro horas antes da decolagem. «E olha que eu moro do lado do aeroporto», diz. «A gente viu que a situação estava terrível, então tive medo de perder o voo.»

Com viagem do filho marcada para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a pesquisadora Grace Zauza, de 42 anos, chegou com 1h40min de antecedência, menos do que a recomendação, mas não enfrentou problemas. «Ele é menor de idade e viajou acompanhado. Não pegamos fila», diz. Na quarta-feira da semana passada, a cena se repetiu nos principais aeroportos brasileiros. Pelo terceiro dia consecutivo, quem chegou ao aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, entre a madrugada e o início da manhã, encontrou grandes filas.

Nos aeroportos de Brasília e Porto Alegre, a cena era semelhante. Após recomendação da Agência Nacional de Aviação Civil, os passageiros começaram a chegar com pelo menos duas horas de antecedência ao terminal. No entanto, apesar do acordo firmado entre a Anac, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e a Infraero para que os portões de embarque fossem abertos mais cedo para dar início aos procedimentos de inspeção de passageiros e bagagens, a entrada só começou a ocorrer por volta das 5h…

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