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Iata projeta dobro de passageiros na Am. Latina em 2035

O diretor de Relações Brasil da Iata, Marcelo Pedroso, traçou um panorama da aviação no evento Conexão Pernambuco, em Recife, na sexta-feira. Segundo a entidade, o número de passageiros na América Latina e no Caribe estará na casa dos 638 milhões e o setor representará US$ 380 bilhões do PIB da região. Os números são quase o dobro do verificado em 2015: 298 milhões de passageiros e US$ 176 bilhões.

"Estamos preparados?", perguntou. Para ele, um dos principais empecilhos para a aviação no País é a regulamentação excessiva do setor. "Há uma necessidade grande de regular a indústria da aviação em um aspecto fundamental, que é a segurança. Mas regulação em questões comerciais não fazem sentido. Companhias aéreas devem ter maleabilidade para formatar produtos e oferecer para diferentes tipos de cliente", afirmou.

Outros desafios para a aviação no Brasil apontados pelo especialista são taxas excessivas, polí­ticas de proteção desnecessárias e uma infraestrutura aeroportuária ainda inadequada. Além disso, Pedroso defendeu a necessidade de os governos entenderem a indústria da aviação como motor para o desenvolvimento econômico.

COMPLEXIDADE
Pedroso explicou também a complexidade da aviação. Segundo o executivo, o lucro por passageiro das companhias aéreas na América Latina foi de US$ 2,4 por passageiro em 2016. Na América do Norte, esse número sobe para US$ 18. " As margens são muito apertadas e vocês imaginam como são influenciadas pelo impacto de custos que estão fora do controle da indústria", afirma. "É uma indústria que tem uma complexidade de atuação muito grande e nível de risco muito elevados porque trabalha com margem pequena de lucro".

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