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Incêndio em refinaria da Petrobras pode afetar produção de combustível

Um incêndio na noite de sábado (4) na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, interrompeu a produção de coque, um subproduto do petróleo similar a uma pedra de carvão, utilizado principalmente por indústrias de alumínio, siderúrgicas, ferro-ligas e cimento, entre outras.

Este é o sexto acidente sem vítimas fatais em uma refinaria da empresa nos últimos dois meses. A Petrobras vem operando perto da capacidade máxima, para reduzir a necessidade de importação de derivados, principal motivo para a redução do lucro da companhia e sua perda de valor de mercado.

Com capacidade de produção de de 240 mil barris/dia de petróleo, mais de 10% da capacidade de refino do país, a refinaria está entre as quatro maiores da Petrobras e destaca-se por sua posição estratégica, abastecendo boa parte da região Sudeste com gasolina, diesel e outros derivados. A unidade supre ainda empresas petroquímicas e fabrica lubrificantes.

Se a Reduc ficar muito tempo sem operar, é provável que a Petrobras terá de ampliar importações de combustíveis e petróleo bruto "“fator que levou o país ao seu pior desempenho da balança comercial em 13 anos.

O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Baixada fluminense) afirma que a Petrobras não investe em manutenção e informou que recentemente houve ordem na Reduc para que se aumentasse a carga de coque em 20%, além do projeto da unidade.

A Petrobras divulgou o incêndio e a parada da unidade, mas não soube informar as consequências e nem confirmou se houve ordem de aumento de produção de coque. Disse, em nota, que uma comissão irá investigar a causa do acidente.

A empresa afirmou que o incidente ficou restrito a um «equipamento específico» da unidade. Não houve também nenhum dano ambiental, segundo a nota da Petrobras.

A estimativa do Sindipetro Duque de Caxias é que a Petrobras perca R$ 500 mil por dia com a parada da unidade.

Outros sindicatos de petroleiros dizem que a estatal não realiza as manutenções no tempo necessário para não ter de reduzir a produção. Afirmam também que o mesmo vem ocorrendo em plataformas, como a P-20, no campo de Marlim, na bacia de Campos, cuja produção foi interrompida por um incêndio, no dia 26 de dezembro.

O retorno da plataforma à operação deve levar alguns meses.

Hoje, a FUP (Federação Única do Petroleiros) se reúne para discutir os acidentes da empresa, que já haviam gerado uma reunião extraordinária do Conselho de Administração no último dia 20. Naquela data, não houve decisão tomada, segundo o…

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