AEROLÍNEAS

Empresas aéreas reforçam caixa e podem vender participação

O mercado financeiro colocou em xeque a capacidade financeira das empresas aéreas de voltar a dar resultado. As quatro maiores empresas latinas — Latam, Gol, Avianca e Copa — perderam US$ 13 bilhões do seu valor de mercado desde janeiro de 2014, e hoje valem 68% menos. Se a crise avançar, fusões e aquisições podem ser a saída para a sobrevivência das empresas, dizem fontes de mercado.

Por enquanto, elas estão reforçando o caixa. Em setembro, a Gol captou empréstimos de US$ 300 milhões e mais US$ 146 milhões com dois acionistas — a família Constantino e a companhia aérea americana Delta — em uma operação que elevou a fatia da Delta na Gol para 9,48%. A empresa tinha R$ 2 bilhões em caixa em junho, mas é a mais exposta ao mercado brasileiro e foi a que mais perdeu valor. O Estado apurou que a Gol já estuda fazer uma operação de venda e «rearrendamento» de aviões e pode captar até US$ 400 milhões.

Se a crise se agravar, a empresa poderá vender participações maiores à Delta, mas, no curto prazo, a opção está descartada pelos controladores, justamente porque o valor da empresa está depreciado. A Delta é avaliada em US$ 40 bilhões. Já a Latam, dona da TAM e da LAN, tinha US$ 1,6 bilhão em caixa em junho, mas seu risco financeiro é considerado pelos analistas de mercado menor do que o da Gol. A razão é que a Latam tem mais condições de fazer caixa com voos em mercados mais rentáveis, como Chile, Peru e Colí´mbia, e tem acesso a mercado de capital externo…

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