O CEO da KLM, Pieter Elbers, afirmou que é muito gratificante ver a aérea que ele comanda completar 100 anos de atividade em um setor extremamente competitivo como é a aviação. Segundo ele, ao mesmo tempo que a indústria é positiva para a holandesa, que tem registrado bons indicadores financeiros, é prejudicial para tantas outras, que entram (ou já entraram) em colapso com dez, 20, 40 anos ou mais.
“O jeito de fazer aviação muda todo dia, assim como os viajantes e suas exigências também são diferentes de ontem e de amanhã. Neste sentido, é cada vez mais interessante uma companhia ter boas alianças comerciais. A nossa relação após a fusão com a Air France trouxe inúmeros benefícios para nós como empresa, mas também para quem voa conosco”, disse.
BRASIL: MERCADO IMPORTANTE
Ainda tratando de alianças ao redor do mundo, Ben Smith, CEO da Air France-KLM, negou qualquer saia justa gerada a partir do rompimento das relações entre Gol e Delta – ambas parceiras do grupo. O executivo disse que ainda é muito cedo para quem é de fora opinar, seguindo o discurso de Elbers, que mais cedo se esquivou da pergunta. “Acreditamos que a consolidação e a parceria entre as aéreas são o futuro da aviação. Neste sentido, posso afirmar que estamos bastante satisfeitos com a nossa parceira no Brasil, a Gol”, comentou o executivo da holandesa.
Segundo Elbers, o Brasil é e continuará sendo um mercado prioritário para as ambas as companhias. Ele destacou os aumentos de frequências de uns anos para cá e a criação do hub de Fortaleza, em parceria com a Gol. «O que fizemos na capital do Ceará foi algo surpreendente. Três companhias criaram um hub que alimentam voos domésticos e internacionais», disse. «Mas, acima de tudo, vejo excelentes oportunidades para a América do Sul em geral. Claro que há alguns entraves como a economia local, mas acredito que temos chances de crescer», completou, sem dizer quando e como pretende fazer isso…