Latam Brasil e American Airlines querem a retirada das barreiras para operações de companhias aéreas entre o território nacional e os Estados Unidos
As aéreas Latam Brasil e American Airlines lideram um movimento para «destravar» uma demanda de uma década do setor: a retirada das barreiras para operações de companhias aéreas entre o Brasil e os Estados Unidos. Na prática, isso significa que cairiam os limites para voos entre os países – que passariam a ser definidos pelas empresas, conforme a demanda -, o que poderia ampliar as opções para os consumidores.
A ideia do Movimento Céus Abertos, agora, é tentar deixar mais claros os benefícios à economia que a concretização do acordo pode trazer. «Tentamos mudar a maneira como estamos atacando o tema, porque ele já está na mesa há vários anos», disse ao Estadão/ Broadcast o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier. O executivo admite, porém, que a proximidade das eleições e a agenda de reformas podem ser um empecilho para que o tema seja apreciado no curto prazo pelo Congresso.
As empresas já se movimentam visando a decisão favorável do Congresso. Latam Brasil e American Airlines firmaram no ano passado um acordo de operação conjunta rotas entre Brasil e EUA. Entretanto, por causa de uma determinação do governo americano, a parceria depende da ratificação das novas regras no Brasil para poder entrar plenamente em vigor. O argumento das aéreas é que a redução das amarras para o setor aumentaria o comércio entre os países e poderia também reduzir o valor cobrado pelas passagens nos trechos entre o Brasil e os EUA, e vice-versa.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que o número de passageiros em rotas internacionais com origem ou destino no Brasil poderá aumentar 47% após a ratificação do céus abertos. Outro estudo, da própria American Airlines, prevê que a oferta de assentos entre Brasil e Estados Unidos aumentará 13% nos cinco anos seguintes à assinatura do acordo.
O diretor regional de vendas da American Airlines, Dilson Verçosa, diz acreditar que existe uma «brecha» para o tema voltar a ganhar força. «Já vemos uma melhora na economia. E o ‘céus abertos’ pode beneficiar bastante a economia, com aumento de fluxo de passageiros entre os dois países»…