Mudança impõe desafios à expansão do aeroporto e abre nova polêmica entre passageiros
A partir de amanhã, os voos regionais da Azul serão operados no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em troca, a companhia aérea transferiu para a Pampulha cinco linhas com destino a outras capitais. A alteração reconfigura o cenário da aviação desenhada para o estado nos últimos 10 anos. A mudança de rota da Azul retoma uma antiga polêmica sobre a capacidade operacional do aeroporto da Pampulha e os impactos do vaivém de aeronaves na vizinhança. O retorno dos voos abre a perspectiva de crescimento do terminal da capital mineira, mas há desafios que precisam ser superados.
Basta uma visita rápida ao aeroporto da Pampulha, batizado Carlos Drummond de Andrade, para reparar que o atual espaço disponível está longe de ser o adequado para receber milhares de usuários diariamente. O terminal de passageiros tem apenas uma lanchonete, duas esteiras de bagagem, quatro vasos sanitários no banheiro masculino e 77 cadeiras para os visitantes. No estacionamento, são 256 vagas. Em horários de pico, o saguão fica cheio com os quase 1 milhão de passageiros, por ano, que aguardam as próximas partidas e com aqueles que desembarcam.
A comparação com os parâmetros do aeroporto internacional é desigual, assim como o número de passageiros "“ 10,9 milhões de pessoas ao ano. Confins comporta 10 vezes mais carros. O pátio de aeronaves é quatro vezes maior. O terminal de passageiros tem 11 vezes mais espaço e, mesmo saturado, atende melhor o passageiro. "A Pampulha não tem estrutura. Aqui uma hora demora a passar. Em Confins, parece que leva 10 minutos. Aqui não há o que fazer", afirma o empresário Mário Éber, acostumado a viajar de Ipatinga para São Paulo…