Artista plástico Eduardo Kobra vai relembrar à cidade que o aeroporto de Congonhas foi, um dia, a «praia dos paulistanos». Ele termina, nesta semana, um painel que ficará exposto no corredor de desembarque dos passageiros -retrato colorido de carros antigos estacionados em frente ao aeroporto, onde curiosos assistiam a pousos e decolagens na década de 1950.
Conhecido por seus traços coloridos, meio realistas e com efeitos 3D, Kobra se juntará a artistas como Emiliano Di Cavalcanti e Clóvis Graciano, autores de «Os Trabalhadores», obra que fica mais escondida, em um pavilhão próximo à pista do aeroporto.
Kobra conta que enquanto pleiteava o muro externo do aeroporto, onde queria pintar a história da aviação no Brasil, Congonhas veio com uma contraproposta: ceder uma parede de 3m x 16m na parte interna.
Ele começou a pintar na semana passada, com recursos próprios e depois de dois meses de pesquisa.»Pedi pra Congonhas ceder todas as imagens que tivessem da construção do aeroporto», diz ele, que também leu livros sobre o pioneiro da aviação, Alberto Santos-Dumont.
Foto: FSP