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Airbus vê número de encomendas para novas aeronaves despencar em 2016

Embora a fabricante francesa Airbus tenha prometido aumentar ainda mais o ritmo de produção e entregas de suas aeronaves A320neo já a partir do segundo semestre, o ano de 2016 parece que não será demasiadamente comemorado. Enquanto recebeu um volume expressivo de 1.080 novas ordens firmes de encomenda para novas aeronaves comerciais nos 12 meses de 2015, a previsão da Airbus para este ano é receber somente cerca de 700 ordens de encomenda do tipo, número que excederia mais uma vez o número de aeronaves entregues, que para este ano está calculado em 650 unidades.

O anúncio foi feito em meio a um momento de alta competitividade na indústria e uma corrida contra o tempo das companhias aéreas para aumentar a malha aérea, chegar a novos destinos e aprimorar a qualidade da frota de suas aeronaves. Apesar disso, o ano começou ameno para a fabricante francesa, com apenas 10 ordens firmes de encomenda no primeiro trimestre, bem abaixo das 102 unidades adquiridas pelos seus clientes nos primeiros 90 dias de 2015. Sem falar, também, nos imbróglios encontrados na produção e desenvolvimento dos motores para as suas aeronaves A320neo junto à Pratt & Whitney, empresa que ainda promete resolver os problemas até o fim deste mês.

Por outro lado, a sua grande rival norte-americana Boeing registrou um trimestre bem melhor em relação aos números de encomenda e entregas. Apesar da fabricante "sofrer" com a alta concorrência entre as famílias A320neo e 737 MAX, cogitando até desenvolver novas aeronaves para brigar no nicho single-aisle, 122 ordens firmes de encomenda foram recebidas nos primeiros 90 dias do ano, acima até dos números constatados no mesmo período do ano passado, quando 116 aeronaves foram encomendadas.

Além da concorrência direta com a Boeing, outras fabricantes também parecem começar a incomodar a Airbus. A canadense Bombardier, por exemplo, tem oferecido suas aeronaves da linha C-Series a preços extremamente competitivos. Tanto é que a própria Delta Air Lines está prestes a finalizar um negócio bilionário para a aquisição de 120 aeronaves junto à Bombardier em números que chegam a US$ 5,2 bilhões.

Por falar em gastos, um dos fatores que pode explicar a queda no número de encomendas é a alta taxa de preços que a Airbus vem utilizando para seu portfólio, ainda mais quando falamos de lançamentos, como a família A320neo. Outro fator que pode ser considerado fatal para a queda no número de encomendas firmes, são os contratos de leasing de aeronaves que ficam mais populares a medida que o preço do combustível está baixo…

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