A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderá autorizar novos voos caso as empresas aéreas queiram operar novos destinos para ofertar melhores preços de passagens aéreas durante a Copa do Mundo. Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, as autorizações serão dadas apenas dentro da capacidade dos aeroportos.
"Quanto mais concentrados os voos estão numa cidade, maior pode ser a possibilidade de ter preços mais altos. Qualquer empresa que queira fazer novo voo e percebendo que tem espaço que precisa ser desenvolvido, pode botar no voo, que a gente autoriza rapidamente. O que a empresa solicitar, tendo capacidade no aeroporto, a gente permite", declarou Guaranys
No entanto, ele ressaltou que não varia o número de voos já aprovados. Segundo o diretor-presidente, as empresas podem alterar os voos e pedir novos voos para aquelas cidades que terão mais demanda, respeitando a capacidade do aeroporto.
«O preço no Brasil é livre. As empresas têm liberdade para fazer as cobranças de acordo com a oferta. Existe o risco sempre de ter preços mais altos, mas cada vez que você tem preços mais altos, você tem a possibilidade de ofertar novos voos. É um mecanismo que combate isso sempre», completou.
Caos aéreo
Guaranys afirmou ainda que um possível caos aéreo durante a Copa do Mundo no país nunca foi «imaginado». Ele declarou ainda que não espera que o volume de pessoas no Rio de Janeiro na final do Mundial, no dia 13 de julho, seja maior que o registrado na Jornada Mundial de Juventude.
"Na Jornada Mundial da Juventude houve um fluxo absurdo de pessoas no Rio de Janeiro. Foi recorde de funcionamento nos dois aeroportos: Galeão e Santos Dumont. A Rio+20, a gente teve uma demanda muito grande da aviação geral, da aviação executiva, e funcionou bem. Copa das Confederações teve grande movimento para várias cidades. Tudo funcionou dentro do que tínhamos planejado. Em todos os casos, verificamos que aviação não foi um problema. Nunca imaginamos que teria um caos [durante a Copa]", explicou.
Ainda segundo ele, a Anac não tem uma estimativa de que o número de passageiros para o fim de semana da final da Copa, no Rio de Janeiro, seja maior que o número de pessoas que estiveram na capital fluminense durante a JMJ.
"Foram 3 milhões de pessoas no mesmo evento, na praia. O estádio tem uma limitação de 80 mil pessoas. Por mais que tenha muita gente vindo, a gente acha…