O número de embarques e desembarques no Brasil cresceu 6,4% no ano passado em relação ao anterior, segundo pesquisa realizada pelo site de viagens TripAdvisor, e deve subir ainda mais, pois 30% das pessoas entrevistadas pretendem viajar mais de avião neste ano. Em Uberlândia, a evolução no número de embarques e desembarques foi de 11,4%, de 2011 para 2012.
De acordo com o vice-presidente da Associação das Agências de Viagens do Triângulo (Avit), Lucas Resende, três fatores principais justificam o aumento no número de viagens no Brasil: passagens mais baratas e condições como parcelamentos sem juros e promoções em pacotes. "Depois de pagar comida, casa e carro, a prioridade é o lazer", afirmou.
O estudante de Medicina em Uberlândia Caio Silva Santos, de 24 anos, faz parte do contingente de brasileiros que planejam viajar mais em 2013. Até o ano passado, ele costumava fazer no máximo duas viagens para fora do Estado. Para este ano, a programação inclui cinco viagens. "Viajei na semana passada para São Paulo e agora vou para Porto Seguro [BA], Vitória da Conquista [BA], e pretendo visitar São Luiz [MA] até o fim de maio", afirmou. Para viabilizar mais viagens, o estudante tem acumulado milhas por meio de um programa oferecido por uma companhia aérea, apesar de ainda não tê-las usado.
Eventos
A promoção de eventos técnico-cientÃficos, empresariais e de agronegócios em Uberlândia contribui para a expectativa de aumento no número de viagens aéreas no Triângulo Mineiro e, consequentemente, no Brasil.
De acordo com o coordenador executivo do Uberlândia Convention & Visitors Bureau (UC&VB), Basileu Tavares, a estimativa de aumento de eventos na cidade é de 15,64% neste ano em relação ao passado. São estimados 250 encontros e congressos para 2013 contra 211 realizados em 2012. Para esses eventos, é considerado que 40% dos participantes são turistas. No ano passado 323.402 pessoas estiveram presentes nos eventos.
Segundo Tavares, o aumento do número de eventos está relacionado à interiorização dos eventos devido à localização geográfica e à estrutura logística, com hotéis e centros de convenções em uma mesma área. "Os eventos querem sair das grandes capitais por conta de altos custos e porque a pessoa perde horas no trânsito para se deslocar", afirmou.