Junho foi um mês positivo para a maioria dos mercados de carga mais movimentados da região, com exceção do Brasil e do Chile.
Equador e Argentina lideram crescimento percentual
Equador (+21,8%) e Argentina (+18,3%) registraram as taxas de crescimento mais fortes. No Equador, o aumento foi sustentado pelo aumento do tráfego com os Estados Unidos, que ultrapassou 9.300 toneladas (+32,4% em relação ao ano anterior). As exportações de rosas contribuíram significativamente, ultrapassando 4.000 toneladas em junho, um aumento de mais de 22% em relação ao ano passado.[1] .
Colômbia e México com crescimento moderado
O transporte internacional de carga de e para a Colômbia cresceu 2,8% em junho. O tráfego no corredor Colômbia-Estados Unidos (o maior da região, movimentando mais de 25.000 toneladas por mês) diminuiu 4,2% (Gráfico 3). O aumento dos volumes com a Espanha (+14%), Holanda (+59%) e Equador (+63%) compensou essa queda e manteve o resultado geral positivo.
O México foi um dos poucos mercados, junto com o Equador e o Peru, que aumentou os volumes de carga com os Estados Unidos. Em junho, os fluxos dos EUA para o México cresceram 15%, enquanto os embarques do México para os EUA aumentaram 20%. Isso levou a um aumento de 5,6% no volume total de carga internacional do México.
Declínio nos fluxos dos EUA pesa sobre o Brasil e o Chile
O Brasil registrou uma queda de 5,8% no volume total de carga. A redução foi impulsionada principalmente pela queda nos fluxos das rotas EUA-Brasil (-10%) e Brasil-EUA (-6,9%). No lado das importações, a baixa mais acentuada foi observada em equipamentos de telecomunicações e gravação de som (-20%). No lado das exportações, os artigos de couro apresentaram a maior redução (-47%)[2] .
O Chile registrou uma queda de 9,8%, também explicada pela redução do tráfego com os Estados Unidos: Chile-EUA (-18,3%) e EUA-Chile (-13,6%). Os volumes internacionais de e para o Chile caíram por sete meses consecutivos e registraram uma queda de 12,3% no período de janeiro a junho.
“Em um ambiente global tão desafiador, o crescimento geral do transporte aéreo de carga na região destaca seu papel essencial e o potencial que ainda existe para nossos países. Ao mesmo tempo, a queda de 9% nos fluxos com os Estados Unidos, principal parceiro comercial da região, ressalta a necessidade de antecipar tendências, ajustar a capacidade e manter a flexibilidade necessária para responder a mudanças repentinas na demanda”, disse Peter Cerdá, CEO da ALTA.
Capacidade: B747F representa 40% da oferta de carga; B767 lidera crescimento ano a ano
Em junho, a capacidade de carga de e para a ALC permaneceu estável, totalizando pouco mais de 880 milhões de toneladas-quilômetros (-0,9% em relação ao ano anterior). O B747F representou 40% dessa capacidade, enquanto o B767F registrou o maior aumento anual (+61%).
[1] Banco Central do Equador (BCE). Estatísticas do Comércio Exterior – Base de Dados do Comércio Exterior. Disponível em: https://contenido.bce.fin.ec/documentos/informacioneconomica/SectorExterno/ix_ComercioExterior.html
[2] Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil (MDIC). Comex Stat – Dados Gerais de Exportação e Importação. Disponível em: https://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral