Queda sobre queda. Este é o cenário da aviação nacional na alta temporada de 2017. Em divulgação de números sobre o mercado, nesta terça-feira, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, mostrou desconforto com o 18º mês consecutivo de retração na demanda da indústria.
"Os números são absolutamente claro", anunciou Sanovicz. "Tenho uma preocupação com os resultados muito difíceis desta temporada em termos de número", disse ao se referir ao comparativo com o já fraco início de 2016.
À época, em janeiro de 2016, a aviação nacional apresentara queda superior a 4% em relação ao mesmo mês em 2015, o que torna ainda mais relevante o recuo na demanda de 1,38% no primeiro mês deste ano.
Com 8,6 milhões de passageiros transportados em janeiro, a queda foi de 2,17% – acompanhando de perto a oferta, que reduziu 2,74%. O movimento contíguo destes dois itens mostra, segundo o consultor técnico da Abear, Mauricio Emboaba, que a estratégia do mercado brasileiro é acertada.
"A indústria tem mostrado maturidade no gerenciamento da oferta, adequando-o à demanda. Os números mostram que eles estão voando com aviões mais cheios, mesmo com a retração da oferta", pontua o especialista. A ocupação em janeiro de 2017 subiu 1,17 ponto percentual, chegando aos 84,36% – marca que se equipara às taxas encontradas em mercados globais…