AEROLÍNEAS

Com mais de 12 meses de reservas de caixa, Gol está ‘bem posicionada’ para retomada

A Gol anunciou uma melhora em sua posição de liquidez para mais de 12 meses em reservas de caixa, o que protege e fortalece a companhia durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em documento divulgado aos acionistas, nesta terça-feira (9), a companhia revelou que a recuperação conduzirá a uma indústria melhor estruturada, na qual tem a oportunidade de desempenhar um papel ainda mais relevante.

A Gol acredita ainda que está bem posicionada nessa retomada, “devido à sua participação de 38% no mercado doméstico de passageiros no Brasil, com uma malha que atende clientes dos segmentos de negócios e de lazer”.

“Como pioneira no modelo de baixo custo na América do Sul, desde sua fundação a Gol apresenta os menores custos operacionais, comparativamente a qualquer outra empresa aérea brasileira. Esse comprovado modelo de negócios propicia que a companhia não apenas atravesse períodos de prolongada contração, como também cresça sua participação de mercado nesse processo. Combinado com nosso modelo flexível de gerenciamento de frota, que nos permite ajustar a capacidade mais rapidamente, e nossos 12 meses em reservas de caixa, estamos confiantes na atestada capacidade da Gol em não apenas superar a crise como também prosperar”, disse Paulo Kakinoff, presidente da companhia.

A Gol, no entanto, já está preparada para uma recuperação lenta. De acordo com a companhia, a administração continuará avaliando o novo patamar de demanda e o modelo operacional flexível de frota única continuará a se ajustar à demanda de passageiros gerada nos principais mercados de negócios e lazer do Brasil. “Implementamos todos os procedimentos de saúde necessários e estamos prontos para transportar nossos clientes com o mesmo nível de segurança e conforto característicos dos nossos quase vinte anos de transporte aéreo de passageiros no Brasil”, declarou Kakinoff.

Capacidade
Durante o mês de maio, a companhia devolveu duas aeronaves aos lessores e encerrou o período com uma frota total de 130 B737s. Com 13 aeronaves operando na malha, as operações foram 7% do realizado em maio no ano passado, aumentando para 10% no final do período com a reabertura das bases nos aeroportos de Foz de Iguaçu e Navegantes, assim como o reinício de um número limitado de voos a partir de Congonhas para os aeroportos de Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro.

Ao final de junho, espera-se que esse patamar de operações seja cerca de 20% do realizado no mesmo mês do ano passado, com 27 aeronaves operacionais na malha, e com a planejada reabertura de cinco bases (Porto Seguro, Petrolina, Ilhéus, Juazeiro do Norte e Chapecó) e voos adicionais a partir do aeroporto de Congonhas em São Paulo para nove aeroportos (Porto Alegre, Curitiba, Confins, Florianópolis, Navegantes, Recife, Salvador, e Santos Dumont e Galeão no Rio de Janeiro).

Gol cortou os recebimentos do Boeing 737 MAX para 2020-2022 em 47 aeronaves, e reduziu o CAPEX para um total de R$300 milhões entre junho e dezembro

Até agora em 2020, a Gol já reduziu sua frota em 11 aeronaves B737-800 arrendadas, planeja devolver outras sete aeronaves arrendadas no 2S20, e pode reduzir até outras 30 em 2021-2022, com a flexibilidade de devolver um número superior caso a demanda estiver menor. Além disso, a Gol cortou os recebimentos do Boeing 737 MAX para 2020-2022 em 47 aeronaves, e reduziu o CAPEX para um total de R$300 milhões entre junho e dezembro…

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