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Combustível, taxas e demanda encarecem voos no Brasil

Do preço do combustível à previsão do tempo, uma série de fatores pode afetar o preço das passagens de avião. Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o valor dos bilhetes é dinâmico e varia conforme a demanda. Responsável por até 43% do preço, o combustível é o principal fator de custos das empresas. Desse percentual, 60% é indexado pelo dólar. Mais fatores estão ligados à moeda americana. Leasing, seguros, contratação de serviços no exterior, manutenção de peças importadas e compras de softwares também dependem do que se passa na economia dos Estados Unidos.

Segundo informações da Abear, mais ou menos 80% do combustível de aviação é produzido no país. Alguns custos estão ultrapassados e, por isso, o reajuste é mensal e os preços tendem a aumentar. O combustível nacional é pelo menos 20% mais caro do que a média mundial.

Quando se trata de voos domésticos, a passagem tende a sair ainda mais cara. Como o Brasil tributa o combustível para voos dentro do seu território, pode custar mais barato ir para o exterior do que viajar para outros estados. São cerca de 7,5% de PIS e Cofins e mais um ICMS estadual, que varia de 7% a 25% (em São Paulo, por exemplo). Somando-se tudo isso, chega-se a um valor que coloca o combustível brasileiro entre os mais caros do mundo: o preço do galão no aeroporto de Recife é o quarto mais elevado e em Guarulhos, o quinto, atrás apenas dos aeroportos das capitais de Malawi, Burundi e Ruanda. Aqui, o combustível é 44% mais caro que na Europa e os encargos trabalhistas 41% superiores, segundo a Agenda 2020 da ABEAR.

Embratur e Abear divergem
No final de outubro, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que o preço das passagens aéreas no país aumentou 131,5% acima da inflação desde 2005. A informação, apresentada pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi contestada. Segundo a Abear, o método de cálculo está equivocado e não traduz o real preço. A associação defende que uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) seria mais fidedigna. Baseada nos dados fornecidos pelas empresas aéreas e levando em conta apenas os voos comercializados, o relatório indica que entre 2005 e 2012 a tarifa doméstica média teria reduzido 51,23% – caindo de R$ 575,47 para R$ 294,83.

Como economizar
Quem pretende viajar deve estar atento a alguns fatores que contribuem para o aumento dos preços. É possível que se gaste até 19% mais quando se opta por decolar em horários de pico, indicou estudo do Instituto Tecnológico de…

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