O anúncio dos comissários de bordo antes da aeronave decolar é simples e direto: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente". Com os parâmetros de segurança atuais da aviação, essas situações são raras, mas o risco sempre existe. Caso contrário não seria necessário o aviso antes do voo.
A cabine do avião é como uma lata de refrigerante gasoso: há mais pressão dentro do que fora. Por isso, quando o recipiente é aberto boa parte do gás é liberado rapidamente. Esse mesmo efeito ocorre no avião que sofre uma despressurização em altitude de ar rarefeito, quando a pressão da cabine iguala a pressão atmosférica.
Entre 9.000 e 12.000 metros, altitudes em que os jatos comerciais voam, é preciso "injetar" mais pressão na cabine em relação ao lado de fora da aeronave a fim de criar condições para que todos a bordo respirem como se estivessem na superfície.
Se a pressão de oxigênio for menor que a pressão sanguínea, não acontece a chamada "troca gasosa". Simplificando, a pressão atmosférica é responsável por "empurrar" o oxigênio para o sangue e a pressão sanguínea "expulsa" o gás carbônico para fora.
Portanto, se houver despressurização da cabine a uma altitude de baixa pressão, o oxigênio literalmente não entra na corrente sanguínea…