A aproximação de uma segunda rodada de leilões para a concessão de aeroportos à iniciativa privada, que ocorre em março, trouxe a discussão para o Aviation Day Brasil nesta quinta-feira, em Brasília. Participaram do painel, moderado pelo diretor regional da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Filipe Reis, a presidente da Braga Nascimento e Zilio Advogados, Letícia Queiroz de Andrade, o diretor executivo da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa), Douglas Rebouças, o vice-presidente da Modern Logistics, Adalberto Febeliano e o representante da secretaria da Aviação Civil, Rogerio Coimbra.
As lições aprendidas com a primeira rodada de concessões, que envolveu aeroportos como o de Brasília, Guarulhos e Natal, foram analisadas pelos especialistas. Para Rebouças, "o modelo de consultation é sempre muito positivo pra ambos os lados (aeroportos e companhias aéreas). Quanto maior a transparência que existir nessa relação, melhor".
Representando o governo, Coimbra assumiu que o supercontrole federal deveria ser evitado. "Não é ideal o poder público estar se metendo nesse tipo de relação. Não é desejável para nenhum dos lados a Anac ter que entrar nessa relação", afirmou.
O controle contínuo das concessões realizadas foi um pedido da presidente da Braga Nascimento e Zilio. Letícia de Andrade defendeu que "o princÃpio internacional de concessão é a constante revisão. Sou totalmente a favor da revisão quinquenal, fazer uma avaliação sobre "˜como estamo"™, "˜para onde vamo"™".
Já para Adalberto Febeliano, é necessário olhar também para os aeroportos de menor porte, não apenas aqueles de maior movimento. "A gente precisa modernizar essa estrutura, a gente precisa cuidar dos aeroportos no interior que estão passando por dificuldades…