Michael Bekele é o novo diretor geral da Ethiopian Airlines no Brasil. Ele assume o posto deixado por Girum Abebe, que tinha sido anunciado no cargo em julho de 2015 e agora deixa o mercado brasileiro em busca de novos desafios dentro da própria companhia. Foi uma mudança já devidamente planejada pela companhia que, independente das condições de mercado, faz este rearranjo de executivos por todo o mundo de cinco em cinco anos.
Com 17 anos de experiência na Ethiopian Airlines, sendo os últimos três como gerente em Madagascar, onde abriu base e expandiu as operações, Michael chega ao Brasil com a missão de continuar aproveitando as oportunidades de todo o mercado brasileiro e sul-americano, bem como expandir o potencial de transporte de cargas da companhia para África, não só do Brasil, mas de países como Argentina, Peru e Equador.
“Chego num mercado que tem um grande potencial e uma grande oportunidade para crescer ainda mais. Vou utilizar toda a minha experiência de 17 anos de companhia para atuar no continente. Após cinco anos dedicados por Girum, acontece esta troca padrão da companhia para que novas experiências sejam trazidas ao mercado. O Abebe fez um ótimo trabalho no Brasil nos últimos anos, a gerência ficou muito satisfeita, mas a mudança faz parte dos planos da companhia. O mesmo voltará a acontecer daqui a cinco ou seis anos. O meu período aqui será um desafio, mas considero uma oportunidade e um privilégio de assumir um mercado tão importante como o brasileiro”, destacou o novo diretor geral.
Em entrevista exclusiva ao M&E nesta quarta-feira (13), Michael Bekele lembrou das diversas áreas que já passou dentro da empresa, como divisão de cargas, serviços ao consumidor, vendas, marketing, divisão da Ethiopian Holidays, entre outros cargos, o que acabou lhe proporcionando uma vasta experiência e um conhecimento macro de todas as áreas da companhia.
“Agora é esperar acabar a pandemia e retomar as estratégias de mercado, com novas oportunidades. Queremos conectar ainda mais a América Latina e a África, fazer o mercado crescer, aumentar a participação em cada pedaço do continente. Teremos grandes desafios, é claro, mas grandes oportunidades também. Estamos investindo demais no mercado brasileiro, o Girum conseguiu fazer muito por aqui, mas agora temos que buscar ainda mais mercado”, disse Michael. “Embora tenhamos muitos desafios, nossa estratégia continua por aqui”, completou.
Na ocasião, a companhia também apresentou o novo gerente de Vendas para o Brasil, Thomas Munnich, que está na Ethiopian Airlines no Brasil desde fevereiro do ano passado. Ele assumiu o novo cargo no último dia 4 de janeiro. Marcelo Kaiser, VP da Aviareps na América Latina, também estava presente na apresentação dos novos executivos da Ethiopian no Brasil e reiterou o compromisso da companhia com o mercado nacional, ainda mais em tempos de pandemia. “Quero enfatizar esse compromisso da Ethiopian nunca ter deixado de voar para o Brasil”, disse.
Estratégias pós-pandemia
Será num futuro já pós-pandemia que Michael Bekele poderá começar a aproveitar as oportunidades e reafirmar todo o compromisso da Ethiopian Airlines com o mercado brasileiro e sul-americano. “Para que possamos servir a América Latina como um todo, precisamos incrementar nossa malha aérea. Queremos continuar conectando o Brasil, através do codeshare com Gol, Latam e Azul, e o continente inteiro através do hub em São Paulo. Nossa missão é expandir ainda mais essa conexão América do Sul-África e levar mais turistas e cargas para todas as partes do mundo”, destacou o diretor.
Queremos continuar conectando o Brasil, através do codeshare com Gol, Latam e Azul, e o continente inteiro através de São Paulo. Nossa missão é expandir ainda mais essa conexão América do Sul-África e levar mais turistas e cargas para todas as partes do mundo”
E uma das estratégias é fortalecer ainda mais seus hubs pelo mundo, como é o caso do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O agora ex-diretor Girum Abebe, que assume novos desafios na companhia dentro de sua divisão comercial, lembrou que os hubs globais estão emergindo e que as companhias estão desenvolvendo ainda mais seus centros de conexão, criando uma maior eficiência e incrementando a sustentabilidade.
“Passamos os últimos dois anos investindo em parcerias no Brasil justamente para consolidar esta conectividade e para levar a Ethiopian para o país inteiro através das companhias nacionais, sem falar em todos os benefícios que tivemos com os acordos que envolvem não só as operações, mas também a pontuação nos programas de fidelidade”, disse Girum…