O estudante de arquitetura Lucas Ribeiro, de 24 anos, desembarcou no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim na manhã de segunda-feira, após retornar de Miami, nos Estados Unidos. Ele se disse surpreso: escadas rolantes funcionavam, banheiros estavam mais limpos e as tão temidas filas para desembarcar e retirar a bagagem diminuÃram. O universitário também notou que há mais oferta de lanchonetes e restaurantes. Porém, não gostou do que viu na hora de pagar a conta.
– Os serviços melhoraram, mas os preços estão caríssimos. Chegam a cobrar mais de R$ 5 por um cafezinho. E o preço do estacionamento é um absurdo – afirmou o universitário, referindo-se ao valor da primeira hora de permanência de um carro, que custa R$ 14.
A opinião de Ribeiro sintetiza os dados sobre o terminal que constam da pesquisa trimestral de satisfação do passageiro divulgada nessa quarta-feira pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). De acordo com o órgão federal, 12.700 pessoas foram ouvidas no levantamento, que, segundo uma auditoria da empresa Praxian-Business & Marketing, tem 95% de confiabilidade. O estudo, que abrange o período de abril, maio e junho, foi realizado em 15 aeroportos do país e aponta uma percepção de melhora nos serviços do Galeão-Tom Jobim, cuja privatização completará um ano na próxima quarta-feira. Apesar disso, passageiros ainda encontram velhos problemas, como elevadores quebrados, esteiras paradas e obras atrasadas, herdadas da Infraero pela atual concessionária.
NOTA SUBIU PARA 4,13
Na pesquisa, que é realizada desde o primeiro trimestre de 2013, o Galeão-Tom Jobim caiu da sexta para a nona posição no um ranking de aeroportos, numa comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar disso, sua nota geral subiu de 3,99 para 4,13 – ou seja, para os passageiros, houve uma melhora, mas a nova avaliação não acompanhou os bons resultados de outros terminais brasileiros…