A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou dados para os mercados globais de carga aérea mostrando que a demanda para todo o ano de 2022 recuou significativamente em relação aos níveis de 2021, mas se aproximou do desempenho de 2019. Especificamente, as companhias aéreas latino-americanas registraram o melhor ano a ano resultados de todas as regiões, com demanda crescendo 13,1% em 2022 em relação a 2021 (+15,0% nas operações internacionais).
No mesmo período, as companhias aéreas da América Latina registraram um aumento de capacidade de 27,1% (+27,8% nas operações internacionais). E, em relação a 2019 (níveis pré-covid), a demanda foi 4,3% menor (-2,6% nas operações internacionais) e a capacidade diminuiu 14,3% (-10,8% nas operações internacionais).
Já a demanda mundial em 2022, medida em toneladas-quilômetro de carga (CTKs), diminuiu 8,0% em relação a 2021 (-8,2% nas operações internacionais). Em comparação com 2019, diminuiu 1,6% (global e internacional).
Enquanto isso, a capacidade em 2022, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), foi 3,0% maior do que em 2021 (+4,5% para operações internacionais). Em comparação com os níveis de 2019 (pré-covid), a capacidade diminuiu 8,2% (-9,0% nas operações internacionais).
2022 terminou com sinais mistos
Os novos pedidos globais de exportação, um dos principais indicadores da demanda de carga, estão estáveis desde outubro. Nas principais economias, as novas encomendas de exportação estão diminuindo, exceto na Alemanha, Estados Unidos e Japão, onde cresceram.
O comércio mundial de bens recuou 1,5% em novembro, ante alta de 3,4% em outubro.
O índice de preços ao consumidor do G7 indicou inflação de 6,8% em dezembro. A queda de 0,6 ponto percentual em relação a novembro (7,4%) foi a maior do ano. A inflação de preços ao produtor (insumos) caiu para 12,7% em outubro, seu nível mais baixo até agora em 2022…