A Infraero irá repassar ao setor privado as obras de ampliação dos terminais de embarque de passageiros dos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas. No Rio, a proposta é aumentar a capacidade do terminal de embarque em 50%, e em São Paulo está prevista a instalação de pontes para acabar com os embarques remotos, dobrando a capacidade do terminal. O edital de licitação deverá ser lançado em fevereiro de 2016. Os vencedores da concorrência poderão explorar as áreas comerciais por 25 anos e, nesse período, vão dividir parte das receitas com a estatal.
Segundo o diretor comercial da Infraero, André Marques de Barros, a modelagem de concessão dessas áreas será concluída até o fim de novembro. No momento, os técnicos trabalham no modelo do edital que definirá valor do investimento na ampliação, lance mínimo e parcela de receitas a ser repassada à Infraero.
No modelo atual, a Infraero é responsável pela elaboração do projeto, licitação, construção e fiscalização, o que tem gerado atrasos na entrega das obras. Além de uma maior eficiência, a medida vai garantir à empresa um reforço de caixa. «Não faremos mais os projetos, não construiremos. Estaremos livres das amarras da lei de licitações e, com isso, vamos proporcionar mais conforto aos passageiros em menor espaço de tempo», destacou Barros.
A medida faz parte de uma mudança na estratégia de negócios da Infraero, após a perda de receitas com a concessão dos principais aeroportos do país. O foco continuará nas áreas operacionais. As demais atribuições serão terceirizadas com vistas a elevar a eficiência e obter novas fontes de receitas…