Nesta semana, a LATAM se torna a primeira aérea no Brasil a utilizar 100% de energia elétrica em operações de solo. Isso porque, a partir desta terça-feira (28/6), a operação de Ground Handling* de pelo menos 50% dos voos da empresa em Belo Horizonte/Confins (o equivalente a 10 voos diários atualmente) será totalmente realizada por equipamentos movidos a energia elétrica em vez de diesel de forma exclusiva. A iniciativa fará a LATAM deixar de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses no aeroporto mineiro. Esse volume corresponde ao consumo equivalente de CO2 dos equipamentos movidos a diesel usados para atender a sua operação hoje.
O projeto-piloto recebeu o investimento de mais de R$ 30 milhões e foi desenvolvido em parceria com Real Aviation e BH Airport. A ação está totalmente conectada com a renovada estratégia de Sustentabilidade do grupo LATAM, anunciada em 2021. No pilar de Mudanças Climáticas, o grupo tem como meta ser uma companhia 100% carbono neutro até 2050.
“Esse é um passo claro da LATAM para uma aviação mais sustentável. Já estamos tomando medidas concretas neste momento e nessa direção, para priorizar parceiros com soluções que contribuam para a redução da pegada de carbono. Nosso compromisso é seguir em frente para que possamos expandir essa e outras iniciativas para todos os aeroportos em que voamos”, afirma Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.
Derick Barboza, diretor de Aeroportos da LATAM Brasil, conta que a escolha do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte para ser o piloto desse projeto se deu pelo rápido entendimento por parte desses parceiros – Real Aviation e BH Airport – das prioridades de Sustentabilidade da companhia e também do comprometimento que eles já demonstravam pela causa. “Foi juntar a fome com a vontade de comer. Estamos confiantes no sucesso dessa ação e esperamos inspirar outras empresas e parceiros a adotarem a mesma prática. Aqui, em Belo Horizonte, nossa meta é ter 100% dos nossos voos (o equivalente a 25 voos diários futuramente) com operação de solo elétrica até o final de 2023”, explica.
Enquanto a LATAM investiu na exclusividade e priorização de parceiros que oferecem soluções mais sustentáveis para atender ao seu compromisso, a Real Aviation investiu na compra dos equipamentos de Ground Handling* movidos 100% a energia elétrica – uma tecnologia em expansão, porém ainda de difícil aquisição, como esclarece Adriano Bruno, CEO da Real Aviation: “Para atender 10 voos diários da LATAM, compramos cinco equipamentos 100% elétricos, sendo um rebocador, dois tratores de bagagens e duas esteiras para carregamento de bagagens. Eles vieram da França e demoraram quatro meses para chegar ao Brasil. Entretanto, não temos dúvida de que fizemos a escolha certa, pois apostamos na longevidade de nossa parceria com a LATAM e sabemos que é uma tecnologia que veio para ficar”, diz.
Já a BH Airport investiu em infraestrutura para oferecer os pontos de energia para o carregamento desses equipamentos do Ground Handling*, com a construção de uma subestação e a instalação de equipamentos próprios para suportar a operação. “Esse investimento faz parte da estratégia corporativa do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte para ser considerado como um Aeroporto Verde, conforme certificação internacional de Aeroportos da América Latina. Já somos reconhecidos por essa atuação e essa é mais uma grande iniciativa focada na sustentabilidade que estamos preparando para o nosso aeroporto e que devemos anunciar em breve. Quando vimos a convergência de interesse nessa parceria e sinergia com nossos planos, prontamente unimos forças para viabilizar essa solução”, afirma Kleber Meira, CEO da BH Airport.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS DO GROUND HANDLING* ELÉTRICO DA LATAM
REBOCADOR ELÉTRICO |
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TRATOR DE BAGAGEM ELÉTRICO |
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ESTEIRAS ELÉTRICAS PARA CARREGAMENTO DE BAGAGENS |
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* Ground Handling (ou atendimento de rampa) são todos os serviços prestados em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagens e cargas durante a chegada e a partida em um aeroporto. Estes serviços podem ser prestados pelos próprios aeroportos ou por empresas terceiras.