A LATAM Brasil conseguiu reduzir mais de 51,5 mil toneladas de CO2 no primeiro semestre de 2024 apenas com ações voluntárias de otimização operacional lideradas pela Diretoria de Operações. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o volume representa 44,5% de redução. Essa quantidade, para fins de comparação, equivale às emissões de 6.520 voos na ponte aérea entre os aeroportos Rio de Janeiro/Santos Dumont e São Paulo/Congonhas.
Desde 2016, são realizadas ações operacionais com o objetivo de executar de forma sustentável os processos relacionados aos voos. Em 2018, com um maior foco na redução de consumo de combustível, o programa foi batizado de FEP (Fuel and Efficiency Program). Com a implementação de outras importantes ações ao decorrer dos anos, como a eliminação da impressão de manuais e documentos físicos a bordo dos aviões, o programa foi renomeado em 2023 para Green Ops.
“As iniciativas que realizamos hoje dentro do programa Green Ops são de extrema importância para a LATAM ser mais eficiente no uso de combustível e na redução de emissões atmosféricas. Desde o último ano e com a ajuda de nossos pilotos, já conseguimos reduzir a emissão de mais de 122,8 mil toneladas de CO2 apenas com a incorporação de práticas sustentáveis e seguras em nossa operação doméstica e internacional no País”, afirma Harley Meneses, diretor de Operações da LATAM Brasil.
Dentro de sua Estratégia Global de Sustentabilidade, no pilar de Mudanças Climáticas, a LATAM tem como compromisso alcançar emissões líquidas zero até 2050.
DIRETORIA DE OPERAÇÕES JÁ IMPLEMENTOU DIVERSAS AÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Há 8 anos, a LATAM tem implementado voluntariamente diversas ações de sustentabilidade na operação de seus voos – que agora estão reunidos no programa Green Ops no Brasil – e tem trabalhado cada vez mais nesta frente, seja no investimento de materiais (aeronaves modernas e equipamentos de apoio em solo) ou no treinamento de funcionários envolvidos, como mecânicos e pilotos.
Dentre as ações implementadas, uma das principais é o SETWA (Single Engine Taxi Without APU), que nada mais é do que taxiar – movimentar a aeronave em solo – somente com um motor acionado, ao mesmo tempo em que se mantém o APU (Auxiliary Power Unit) – motor a combustão que fornece energia elétrica e pneumática para a aeronave – desligado. Para uma ideia mais clara desta evolução operacional, no passado durante a movimentação da aeronave em solo, além do APU, ambos motores permaneciam acionados.
Para tornar esta evolução possível, sem impactar o desempenho da aeronave em solo ou conforto dos passageiros, a LATAM já investiu no upgrade tecnológico de 87% de suas aeronaves da família Airbus A320 que operam hoje no País, além de ser um requisito para todos os seus aviões que vem de fábrica. Com isso, a LATAM é a única aérea brasileira a operar o SETWA de maneira integral (antes da decolagem e após o pouso). Apenas com essa ação, a companhia já evitou o consumo de mais de 1,2 mil toneladas de CO2 somente nos seis primeiros meses do ano.
Falando em frota, a LATAM possui atualmente o conjunto mais moderno de aeronaves dentre as companhias aéreas no Brasil. Suas 150 aeronaves incluem 14 aeronaves do modelo Airbus A321neo (capacidade para 224 passageiros), o mais moderno da fabricante europeia, que possui 20% mais eficiência no uso de combustível que os modelos anteriores, emite 20% menos de CO2 e produz 50% menos ruído.
Em dezembro de 2023, vale lembrar, a LATAM anunciou a finalização da digitalização de 100% dos manuais e documentação de voo acessada pelos pilotos, evitando assim a impressão de 6 milhões de folhas de papel por ano no Brasil, uma redução anual de 5 mil toneladas de CO2.
Essas e outras ações são trabalhadas em conjunto pela Diretoria de Operações e a área de Sustentabilidade da companhia, visando sempre práticas sustentáveis e seguras.
A ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE DA LATAM E OS DESAFIOS DA DESCARBONIZAÇÃO
A estratégia global de sustentabilidade do grupo LATAM tem compromissos para promover o desenvolvimento social, ambiental e econômico da América do Sul nos próximos 30 anos de forma colaborativa e baseada no diálogo. Todos os compromissos estão focados nos pilares de Mudanças Climáticas, Economia Circular e Valor Compartilhado, conectados com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). As principais metas do Grupo LATAM são: eliminar plásticos de uso único; buscar ser uma companhia zero resíduos para aterro sanitário até 2027; e alcançar a emissões líquidas zero até 2050.
Neste sentido, a LATAM tem trabalhado junto à sua cadeia de valor. A empresa tem privilegiado, por exemplo, a aquisição de aeronaves mais eficientes, que consomem de 20% a 25% menos combustível, como o Airbus A320neo e o Boeing 787, e instalou softwares e ferramentas de machine learning que otimizam procedimentos, abastecimento e trajetórias dos aviões. Também começou a testar o uso de veículos elétricos para o atendimento das aeronaves em solo no aeroporto de Confins/Belo Horizonte, 100% de seus voos charters (fretados) com origem no Brasil têm suas emissões compensadas, bem como a duplicar a quantidade de toneladas de CO2 compensadas por clientes cargueiros, no esquema 1+1, a partir das emissões geradas pelos embarques de suas cargas.
A LATAM também apoiou a ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) no redesenho de 75 rotas do Brasil, que ajudou a reduzir em 62 milhões de quilos o consumo de QAV (Querosene de Aviação) e em 196 milhões de quilos as emissões de gás carbônico entre 2020 e o primeiro trimestre de 2023.
Além disso, a LATAM apoiou um estudo realizado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) em parceria com a Airbus para avaliar os impactos das iniciativas para a descarbonização da aviação na América Latina. Como resultado preliminar, de acordo com o estudo, o Brasil deverá ter um crescimento 8% menor na demanda de passageiros em 2050 se não tiver políticas públicas que estimulem a produção do combustível sustentável de aviação, reforçando a importância da existência destas políticas para criar as condições habilitantes.