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Medidas de restrição na Copa não afetam aeroportos do País

Os principais aeroportos brasileiros, como Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Campinas (SP), Brasília (DF) e Galeão (RJ), não serão afetados pelas medidas de restrição aérea. A afirmação é do Chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, Coronel Ary Rodrigues Bertolino, da unidade do Comando da Aeronáutica responsável pelo gerenciamento de todos os voos dentro da área de controle do espaço aéreo brasileiro.

As 12 cidades-sede reúnem 16 aeroportos. Destes, nove estão localizados dentro dos limites da área proibida (vermelha). No entanto, quando as áreas forem ativadas, nenhum aeroporto ficará 100% fechado. "Se o aeroporto for fechado para pouso, ficará automaticamente liberado para decolagens, e vice-versa", afirma o Coronel.

As medidas que serão implementadas durante o Mundial foram comunicadas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e às empresas aéreas em janeiro deste ano.

Os 800 voos afetados ao longo de dois meses do evento representam 1% do total programado para o período.

Restrição de áreas

As medidas de restrição aérea estabelecidas pela Aeronáutica seguem critérios de segurança e manutenção dos níveis dos serviços de tráfego aéreo. A dimensão das três áreas (reservada, restrita e proibida) é calculada a partir da localização dos estádios, conforme explica o Guia Prático.

Na área reservada (branca), que abrange a terminal da cidade-sede, poderão voar todas as aeronaves que têm plano de voo e código transponder ligado, ou seja, todas as aeronaves identificadas. Na área restrita (amarela) não poderão entrar durante a ativação as aeronaves da aviação geral e táxi aéreo.

Na área proibida (vermelha) só poderão entrar aeronaves de segurança e de captação de imagens previamente autorizadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).

O período de ativação das áreas de exclusão aérea depende do horário dos jogos. Para a abertura e encerramento, as áreas serão ativadas três horas antes e quatro horas após o início do jogo. Para os jogos da primeira fase da competição, o tempo de restrição será de uma hora antes e três horas depois. Nas demais fases, uma hora antes e quatro horas depois.

O modelo de restrição de áreas já foi implementado durante os eventos sediados pelo Brasil como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, bem como em outros países durante grandes eventos, como é o caso da Alemanha.

Experiências internacionais

O órgão do Comando da Aeronáutica para gerenciar o tráfego aéreo no Brasil, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) iniciou o plano de ação para grandes eventos em 2008. Uma das primeiras ações foi a formação de um grupo de trabalho. A missão dos profissionais foi buscar informações e aprendizado a partir da experiência dos países que já sediaram grandes eventos.

A equipe visitou o provedor de serviços de navegação aérea da Alemanha, a Deutsche Flugsicherung GmbH (DFS), usado na Copa de 2006 na Alemanha. Os profissionais também acompanharam o trabalho de gerenciamento de tráfego aéreo durante as Olimpíadas de Londres (2012), a Copa do Mundo na…

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