Menos de uma semana após o acordo entre Embraer e Boeing, a Airbus anunciou um novo nome para os aviões da linha C-Series da Bombardier, que foi adquirida no ano passado pela europeia. As aeronaves serão chamadas de A220, ganhando a identidade dos produtos da Airbus. A meta é que sejam encomendadas pelo menos 100 aeronaves do modelo este ano.
Segundo David Dufrenois, chefe do programa, a ideia é que se chegue a vendas no nível de “três dígitos” até o fim do ano. A expectativa é que a aeronave possa abocanhar pelo menos metade do mercado de jatos entre 100 e 150 lugares nos próximos 20 anos um volume estimado em três mil unidades.
Neste esforço, a Airbus vai adaptar sua unidade em Mobile, no estado do Alabama, para fabricar o A220, que hoje já é produzido na fábrica da Bombardier em Quebec, no Canadá. A fábrica nos Estados Unidos terá capacidade de produzir de 50 a 60 aeronaves por ano.
Para tornar a aeronave viável financeiramente, é preciso uma redução de custos de dois dígitos na sua cadeia de fornecedores. Pela estratégia anunciada, o CS100 vai se tornar o A220-100, enquanto o CS300, que é maior, será chamado de A220-300. Os modeloos acomodam de 108 a 160 passageiros.
A Airbus anunciou no ano passado a compra do projeto de jatos comerciais C-Series da canadense Bombardier. Boeing e Airbus disputam a liderança do mercado de mundial aviação comercial, enquanto a Bombardier é a maior rival da Embraer no segmento de jatos de médio porte.
Logo após o negócio, Embraer e Boeing admitiram oficialmente que começaram a conversar sobre uma possível parceria entre as empresas. Agora, em 5 de julho, Embraer e Boeing anunciaram que fecharam um acordo que prevê que a americana terá 80% de uma nova empresa de aviação comercial e a brasileira, os outros 20%. A joint-venture terá capital fechado e a Embraer poderá exercer direito de venda da sua fatia para a fabricante americana ao longo dos próximos dez anos.