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Ministro da aviação diz que Brasil não está sendo construído para a Copa

A nove dias antes do início da Copa no país, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, disse nesta terça-feira (3) que o Brasil não está sendo construído apenas para o campeonato, mas sim para atender a demanda dos brasileiros. Disse, ainda, que o usuário brasileiro precisa de melhoria nos serviços, pois «não é tratado como cliente».

Ele deu as declararações em entrevista ao programa «Bom Dia Ministro», da TV estatal NBR, quando foi questionado várias vezes por jornalistas sobre atrasos em obras nos aeroportos que não serão concluídas antes do início dos jogos.

«Estamos construindo o país não para a Copa (…). Estamos mudando a estrutura dos aeroportos brasileiros para o Brasil», afirmou, acrescentando que o objetivo é melhorar a infraestrutura para o país crescer mais.

Moreira Franco disse várias vezes durante o programa que os aeroportos brasileiros estão preparados para atender a demanda da Copa.

O ministro afirmou que o principal esforço do governo, com o início dos processos de concessão dos aeroportos é melhorar os serviços prestados aos usuários. De acordo com ele, quando somente a Infraero operava todos os aeroportos brasileiros o serviço não era aprimorado porque não tinha concorrência.

Concessões
«A primeira providencia que a presidente Dilma tomou foi quebrar com monopólio (…). A Infraero, que é empresa de tradição no Brasil, terá agora que modificar sua cultura porque não está mais sozinha, vai ter que melhorar, prestar serviço melhor», disse. «Todo o sistema era de uma única prestadora de serviço. Quando só temos uma, a mentalidade que se desenvolve nela é que ela está fazendo um favor, o cliente não tem alternativa.»

Na opinião de Moreira Franco, o usuário no país precisa de melhoria nos serviços dos aeroportos, pois «não é tratado como cliente». «O mais importante em todo o esforço que estamos fazendo é que os tratamento seja adequado, digno.»

Durante o programa, o ministro respondeu a perguntas de jornalistas sobre problemas específico e de atrasos em obras em vários estados brasileiros.

Um deles, por exemplo, é o de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, que está com as obras atrasadas. «Em Viracopos, que é operado por uma concessionária privada, as obras de fato estão atrasadas em relação ao contrato assinado e como todo contrato ele tem cláusulas que preveem punição. A Anac [Agência Nacional da Aviação Civil] já fez um levantamento (…) e pelo contrato, em função do que foi entregue e do que não foi entregue, vai ter multa», afirmou.

Só a multa diária por descumprimento do contrato é de R$ 1,7 milhão, ressaltou. «A Anac vai fazer cumprir o contrato (…). E tem que ter o mesmo tipo comportamento com a Infraero e com a concessionarias».

Com relação ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, ele disse que o aeroporto ainda está em fase de testes e por isso não foi inaugurado pela presidente Dima Rousseff. O aeroporto entrou em operação no sábado (1º), mas…

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