O Terminal de Logística de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans (PA) encerrou 2018 com crescimento na movimentação de cargas em relação a 2017. Somadas importações e exportações, o volume processado no ano passado atingiu a marca de 1.490 toneladas, 8% superior a tonelagem movimentada em 2017, que somou 1.374 (t).
A maior alta percentual do período ocorreu no setor de exportações, que registrou 1.192 toneladas de todo o processamento do complexo logístico, provocando um aumento de 32% no comparativo com 2017, quando foram contabilizadas 902 (t). Entre os principais produtos enviados para o exterior destacam-se a bexiga de peixe, o peixe ornamental, a polpa de fruta e o peixe congelado, tendo como destinos principais a América do Norte (Estados Unidos), Asia (Hong Kong, Japão, Vietnan, Tailândia e Malásia) e Europa (Reino Unido).
Já na área de importações, os produtos somaram 298 (t), com destaque para peças e equipamentos dos segmentos de mineração, metalurgia e construção naval. Os locais atendidos são o Distrito Industrial de Barcarena e os polos de mineração de Parauapebas, Oriximiná e Paragominas.
Para o superintendente de Val-de-Cans, Fábio Rodrigues, o significativo acréscimo pode ser creditado à fidelização de clientes e à maior oferta de voos internacionais diretos. “O surgimento de novos clientes nos segmentos de importação e exportação também foi decisivo para este incremento”, completou.
Outro ponto que favorece as transações do Teca paraense é a vocação para o comércio da cidade de Belém em razão de sua posição geográfica. «Além de concentrar importantes distribuidores, Belém é dotada de uma conectividade invejável em diferentes modais”, destacou o superintendente.
Desde setembro do ano passado, o Terminal de Cargas de Belém passou a ter suas atividades de armazenagem e movimentação de cargas internacionais operadas pelo Grupo Porto Seco Centro Oeste, empresa vencedora do certame licitatório realizado no primeiro semestre de 2018.
A transferência das operações faz parte do posicionamento estratégico da INFRAERO, que prevê a exploração comercial de complexos logísticos situados nos aeroportos administrados pela estatal. O contrato de concessão do Teca foi assinado no dia 16 de junho de 2018, com vigência de 120 meses e valor global de aproximadamente R$ 5,5 milhões.
O superintendente explica que a gestão do Teca pela iniciativa privada reduz os custos operacionais e traz melhorias para as atividades de carga do estado e amplia o portfólio de clientes do terminal. “A concessão proporciona mais dinamismo e adaptação ao mercado, além de modernização, aumento de receitas e serviços logísticos”, afirmou.
Instalado numa área total de 4.770 m², o Terminal de Cargas de Belém é dotado de instalações administrativas e para a armazenagem das cargas (importação e exportação). A capacidade de armazenamento do local para cargas comuns é de até 100 toneladas, envolvendo mercadorias soltas e de diversos tipos. No caso de cargas refrigeradas (entre 3 e 8ºC) – há espaço de até 35 m³ – que podem ser armazenadas em três câmaras frigoríficas e uma sala com temperatura controlada.