A Novozymes, fabricante dinamarquesa de enzimas, prevê dobrar seu faturamento na América Latina até 2020, em um crescimento puxado pelos projetos de produção de etanol de segunda geração no Brasil. A receita da empresa na região em 2012 foi de US$ 200 milhões e o Brasil é o mercado mais importante.
«O etanol de segunda geração é uma das principais apostas da Novozymes no mundo. E o Brasil é nossa maior aposta nesta área», disse Ricardo Blandy, responsável pela área de biomassa da Novozymes na América Latina. Hoje a empresa tem uma fábrica em Araucária (PR) para outro tipo de enzima, usada principalmente pela indústria de higiene e limpeza.
A companhia já decidiu que construirá uma unidade no Brasil no ano que vem para produzir enzimas desenvolvidas para o etanol de segunda geração. O novo combustível é gerado a partir da conversão do bagaço e da palha de cana, em um processo quÃmico catalisado pela enzima.
A nova fábrica receberá investimentos de cerca de US$ 300 milhões e deve entrar em operação até 2017. A Novozymes quer integrar a produção à fábrica de um parceiro para economizar energia e reduzir o custo logístico. «A localização depende do parceiro que vamos escolher. Pode ser um cliente ou fornecedor de matéria-prima», disse Blandy.
A Novozymes já assinou contratos com RaÃzen e Granbio, que vão inaugurar suas primeiras unidades em 2014. Petrobrás, Odebrecht e Copersucar também estão avaliando projetos na área e a Novozymes tem conversado com todas elas. «O tamanho da fábrica depende de quantas parcerias vamos fechar», disse Blandy.
A frota necessária para atender o mercado brasileiro será três vezes maior do que a atual em 2032, segundo estimativas da Airbus. Hoje 480 aviões com mais de cem lugares são usados por empresas nacionais e estrangeiras para voos que chegam ou partem do Brasil, um número que, se a Airbus estiver certa, saltará para 1.325 em 2032. Para o vice-presidente da Airbus na América Latina, Rafael Alonso, a retração na oferta de voos no País é um fenômeno de curto prazo, que será revertido. Leia a seguir a entrevista com Alonso:
Por que a Airbus prevê um crescimento tão grande na frota brasileira?
O País vai demandar mais aeronaves por várias razões. A classe média continuará a crescer nos próximos anos e a tendência é que a oferta de voos seja ampliada. Existem muitas oportunidades para voos dentro da América Latina. Na Europa, as 20 maiores cidades são ligadas por voos diretos e diários. Na América Latina, muitas delas nem são conectadas. Hoje não existe, por exemplo, um voo…