Na próxima quarta-feira, 24, os empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman assinarão o contrato de compra de 61% da Tap, mediante um sinal de dois milhões de euros ao governo português. Pedrosa, em entrevista ao jornal português Expresso, disse que neste dia os dois executivos detalharão os planos de investimento e relançamento da companhia aérea, mas adiantou algumas novidades. Entre elas, investimento em uma nova frota (53 novos aviões), que inclui o A330neo e o A321neo LR, que será a base da malha da nova Tap. O A321neo LR pode operar voos de Lisboa para a costa leste americana e o nordeste brasileiro. Cinquenta milhões de euros serão destinados imediatamente à renovação do produto a bordo.
«Relançar a credibilidade e a imagem da Tap e aumentar as suas rotas são prioridade", disse Pedrosa ao Expresso. Em um trecho da entrevista, o jornal comenta a divisão acionária entre Pedrosa e Neeleman: «o dono da Barraqueiro nega as acusações de que a sua participação apenas tem como objetivo contornar a obrigação legal de a Tap ser comprada por uma maioria de capital europeu "” Pedrosa tem 50,1% do consórcio e o sócio americano David Neeleman os restantes 49,9% "”, afastando o cenário de mais tarde acabar por vender esta posição». "Será a sexta privatização na minha vida e "” tal como as restantes "” será uma empresa para desenvolver e fazer crescer", afirma.
Na fase inicial, disse o empresário ao Expresso, «a Tap já contará com o apoio dos aviões disponÃveis na Azul, que vão complementar a sua operação na época alta do verão, e no inverno os aviões disponÃveis da Tap poderão complementar a atividade da Azul na época alta brasileira de janeiro e fevereiro».
Humberto Pedrosa já havia dito ao Expresso que gostaria que Fernando Pinto continuasse na Tap. Fernando Pinto considera que "a associação de David Neeleman e Humberto Pedrosa assegura à Tap uma base acionista sólida, composta por empresários que conhecem bem o setor dos transporte". Ele está garantido na fase de transição, mas mais que isso não quis comentar…