O 1º trimestre de 2020 foi marcado pelo início de um contexto sem precedentes no setor aéreo, causado pela pandemia do coronavírus. Em março, as empresas aéreas iniciaram as reduções de voos no mercado doméstico, readequando a malha aérea à nova realidade de demanda em tempo de pandemia, o que causou impactos no setor. Entre janeiro e março, a tarifa aérea média doméstica real (atualizada pela inflação) teve queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2019.
O valor médio das passagens aéreas domésticas comercializadas nesse período foi de R$ 366,76. Já o yield tarifa aérea doméstico médio, indicador que mede o preço pago pelo passageiro por quilômetro voado, foi de R$ 0,3116, representando queda de 5,7%, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Os dados constam do Relatório Tarifas Aéreas Domésticas – 1º Trimestre de 2020, divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta sexta-feira (29/05). De janeiro a março de 2020, 11,2% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100,00 e 54,6% abaixo de R$ 300,00. As passagens acima de R$ 1.500,00 representaram 1% do total.
Embora o preço do combustível (QAV) tenha iniciado o ano com preço superior ao verificado no início de 2019, encerrou o trimestre com valor inferior. Na média trimestral, o valor do litro do querosene de aviação esteve 9% maior do que no mesmo período do ano anterior. A taxa de câmbio, por sua vez, seguiu tendência de alta já nos meses de janeiro e fevereiro, com aumento mais expressivo em março, sendo a taxa média do trimestre 18,2% superior ao mesmo período do ano passado. Ambos são indicadores atrelados aos custos mais significativos da indústria…