A receita por passageiro da companhia aérea Gol manteve a trajetória de forte crescimento no primeiro trimestre deste ano, apoiada em alta de dois dígitos na demanda e diante de uma desaceleração no aumento dos preços de passagens.
A oferta total de voos da segunda maior empresa aérea do país em participação de mercado teve um crescimento de 1,6 por cento no primeiro trimestre ante igual período de 2013, enquanto a demanda disparou 15 por cento.
A receita por passageiro, medida pelo «Prask», subiu 18 por cento de janeiro a março, mantendo o crescimento de dois dígitos registrado tanto em igual período do ano passado quanto no trimestre imediatamente anterior.
As ações da companhia aérea subiam mais de 5 por cento às 12h01, enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,7 por cento.
Segundo a Gol, o crescimento da taxa de ocupação no período, de 67,3 para 76,1 por cento, possibilitou o aumento da receita por passageiro.
A expectativa da empresa é de que a taxa de ocupação se mantenha em patamares acima de 70 por cento no segundo trimestre deste ano, de acordo com o vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Edmar Lopes.
«A gente vê uma tendência de manter os nÃveis que temos reportado ultimamente (de taxa de ocupação)… Mas ainda temos um grande ponto de interrogação do ponto de vista de ocupação em junho», disse ele, em teleconferência com analistas.
A empresa, assim como seus pares no setor, tem afirmado que a Copa do Mundo deverá prejudicar o desempenho de junho e julho devido à redução no tráfego de passageiros de negócios mais forte do que o aumento no movimento de passageiros de lazer.
O yield, indicador que mede os preços de passagens aéreas, subiu 4 por cento entre janeiro e março deste ano sobre igual período de 2013, uma desaceleração ante o crescimento de 15 por cento no quarto trimestre do ano passado. Nos três primeiros meses de 2013, o yield da Gol havia tido alta anual de 13 por cento.
A Gol informou ainda que não vai mais divulgar os dados de yield, informando apenas números de oferta e demanda que reporta à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). «A gente tem visto movimentos da concorrência cada vez que soltamos nosso número de preços, então, do ponto de vista de estratégia, estamos mudando a comunicação», disse Lopes.
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