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Sindetur-RJ também é contra Tarifa de Conexão

Depois da Fenactur e Abav-Nacional, chegou a vez do Sindetur-RJ se mostrar contra a "Tarifa de Conexão" criada no final de junho para todos os aeroportos administrados pela Infraero. Em carta enviada à PANROTAS, o presidente do Sindetur-RJ, Aldo Siviero, afirma que «a criação de uma nova taxa…será repassada aos passageiros através do aumento nos valores dos bilhetes».

Confira o documento na íntegra.

"A manifestação da Federação Nacional de Turismo (Fenactur) em repúdio à decisão da Infraero, que passará a cobrar tarifa de conexão em aeroportos administrados pela empresa, é mais do que digna. Mais uma vez, observamos a criação de uma nova taxa que, por mais que o órgão defenda que será paga exclusivamente pelas empresas aéreas, sabemos que será repassada aos passageiros através do aumento nos valores dos bilhetes. E o pior, não virá acompanhada de uma melhoria nos serviços prestados pela Infraero nos aeroportos brasileiros. Seria muito melhor se, ao invés de criar uma nova forma de oneração, a Infraero buscasse junto à ANAC a integração do sistema do aeroporto com outros subsistemas ou um incentivo à aviação regional, estimulando a exploração de linhas menores. Mas talvez isso não seja interessante para as grandes empresas que comandam o setor de aviação civil nacional.

O que temos observado a cada ano é um verdadeiro desserviço aos passageiros. Frequentemente encontramos banheiros interditados, escadas rolantes e elevadores parados, lentidão na entrega de bagagens e praças de alimentação que praticam preços absurdos. Para onde vai o alto valor da taxa de embarque pago por milhares de passageiros que utilizam os aeroportos e que são pagos integralmente à Infraero? Vale lembrar que os impostos gerados com a taxa de embarque são pagos pelas agências de viagens, que não recebem nenhum tipo de repasse ou comissionamento para cobrar o valor de seus clientes.

Isso sem falar em outros problemas que deveriam ser fiscalizados pela ANAC, como a saúde financeira de empresas que operam no Brasil e que fecham suas portas, deixando os passageiros no chão e a responsabilidade sobre as agências de viagens. O caso Pluna, que foi o mais recente, deixou clara a total falta de atuação da ANAC. Outras questões como o pagamento de altas multas para cancelamento ou remarcação de passagens aéreas, a demora no reembolso de bilhetes e a suspensão de voos sem motivo aparente também seguem sem solução.

Fazemos coro com a Fenactur para que a Infraero e a ANAC acordem e cuidem do mercado de aviação civil nacional, promovendo não só serviço dignos como o ordenamento da relação entre empresas aéreas, agências de viagens e consumidores. A velha desculpa de que os problemas são decorrentes do crescimento inesperado do tráfego aéreo e da polí­tica comercial das grandes empresas já não é válida.

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