As viagens de avião pelo país ficaram mais demoradas nos últimos anos. Em média, leva-se mais tempo para voar de um aeroporto a outro em 2013 do que se levava antes do apagão aéreo de 2007. No papel, porém, os atrasos nunca foram tão raros. Neste ano, só 8% dos voos atrasaram – a menor taxa do século. A explicação seria o congestionamento dos aeroportos – que, operando quase sempre no limite, fazem com que o tempo entre o embarque dos passageiros e a decolagem fique maior. Com isso, aumentam os tempos de voo.
Isso aconteceu em 94 das cem rotas mais movimentadas do país. A distância aérea entre São Paulo e Rio continua sendo de 385 quilí´metros, mas cariocas e paulistanos nunca estiveram tão longe. Em 2000, demorava-se, em média, 51 minutos para ir de Congonhas ao Santos Dumont. O avião atrasava quatro minutos para deixar o terminal e levava mais 47 até abrir as portas no Rio. Hoje, a viagem demora 64 minutos: o atraso médio ainda é de quatro minutos, mas o tempo gasto pelo passageiro dentro da aeronave é, em média, de 60 minutos.
Os dados foram compilados com base nos mais de 13 milhões de registros de voos catalogados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde janeiro de 2000 até setembro de 2013. As companhias dizem que fizeram sua parte: estão colocando o passageiro dentro do avião em tempo recorde – graças, em boa parte, Ã transferência para o cliente do trabalho de fazer o check-in nos terminais de autoatendimento.
O problema começa quando o passageiro entra no avião. É aà que começa a contar o chamado tempo de voo, que é informado pelas próprias companhias. Esse intervalo vai do momento em que as portas do avião são fechadas no aeroporto de origem, passa pelo tempo no ar e só termina depois que a aeronave estacionou no destino e reabriu as portas.
A Aeronáutica, responsável pelo controle do tráfego aéreo, afirma que o tempo médio de uma aeronave no ar não teve alterações desde…