O programa de investimentos federais em aviação regional autorizado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, foi cortado pelo governo do interino Michel Temer. No início , a ideia era ampliar o benefício para 270 aeroportos a partir do próximo ano. O número, no entanto, caiu para 53.
Segundo o ministro de Transportes, Aviação Civil e Portos, MaurÃcio Quintella, não seriam necessários 270 aeroportos para iniciar um "programa realista" que atenda aos Estados, à demanda e às empresas. "A nova lista é bem mais realista e adequada à situação financeira do governo federal", declarou.
A falta de dinheiro não foi a única argumentação do ministro. A lista de aeroportos também foi reduzida porque 94 projetos foram tachados como inviáveis por ficarem próximos a aeroportos em operação, estarem em áreas de preservação ou não terem demanda.
O plano de desenvolvimento da aviação regional foi lançado no fim de 2012 pelo governo petista. Na época, a presidente Dilma chegou a estudar a possibilidade de investir em 800 aeroportos de menor porte, mas a lista afunilou e acabou fechando em 270, com recursos estimados em R$ 7,3 bilhões.
Com as alterações, a previsão é que sejam gastos R$ 2,4 bilhões para ampliar os 53 aeroportos até 2020. O governo, de acordo com Quintella, possui metade desse valor, o que significa um desembolso anual de R$ 300 milhões…