O Aeroporto de Viracopos (SP) encerrou setembro com recorde na quantidade mensal de cargas domésticas movimentadas, o que contribuiu para o terminal alcançar o melhor resultado geral de operações para um período de 30 dias desde 2013, ano em que teve início a administração integral pela iniciativa privada. Em meio aos reflexos da pandemia, a estrutura em Campinas (SP) também teve alta no fluxo de passageiros pelo quinto mês seguido, embora o acumulado seja inferior ao do anterior.
O relatório da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos indica que 23,8 mil toneladas de cargas passaram pelo terminal, das quais 6,6 mil são domésticas – recebidas ou enviadas a outros terminais do Brasil; 16,7 mil são internacionais; e 549 são classificadas como courier – remessas internacionais de documentos ou encomendas transportadas ou liberadas sob regime aduaneiro específico.
Antes de setembro, o maior volume de cargas domésticas foi contabilizado em junho, quando o total chegou a 5,9 mil toneladas. Já o melhor saldo geral de operações, incluindo todas as modalidades, havia sido em agosto de 2018, quando o resultado foi de 22,9 mil toneladas de itens movimentados.
Comparativos e importância
Considerando-se apenas cargas domésticas e internacionais, o fluxo de cargas desde janeiro equivale a 174,1 mil toneladas, enquanto que no ano passado era de 160,4 mil toneladas. A diferença corresponde a 8,56% e o terminal é responsável por quase 70% do faturamento registrado por Viracopos.
A concessionária, entretanto, não revela detalhes sobre valores com a justificativa de preservar «questões estratégicas». Atualmente, o aeroporto de Campinas é o maior em carga importada no país.
O que mudou?
Entre os fatores que influenciaram o resultado positivo, segundo a assessoria da Aeroportos Brasil, estão o «reaquecimento da economia» e a importância do aeroporto dentro da infraestrutura nacional para movimentação de cargas. Além disso, a alta do dólar impulsionar operações com exportações, enquanto importações seguiram estáveis – com destaque para produtos como testes para Covid-19.
O governo federal prevê realizar novo leilão do aeroporto no 3º trimestre de 2021, ou seja, entre julho e setembro. O processo promete solucionar a crise do terminal que soma R$ 2,88 bilhões em dívidas.
Fluxo de passageiros
No mês de setembro, o aeroporto teve crescimento no fluxo de viajantes pelo quinto mês consecutivo. Em meio aos reflexos da pandemia do novo coronavírus, porém, o total de 564,7 mil viajantes é o pior resultado para o mês desde que o terminal é administrado integralmente pela administração privada.
O levantamento da Aeroportos Brasil diz que 4,46 milhões passaram pela estrutura em Campinas durante nove meses – diminuição de 3,45 milhões em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, o que equivale a uma redução de 43,6%.
Diante da crise gerada pela pandemia, por outro lado, este é o quarto melhor fluxo de viajantes no ano e a concessionária fala em «continuidade gradual da retomada». O pior saldo desde 2013 foi em abril.
Antes da pandemia, o terminal registrou uma série marcada por altas consecutivas entre julho de 2018 até fevereiro de 2020, comparando-se cada mês com o mesmo período do ano anterior…