A aviação brasileira transportou 102,4 milhões de passageiros em viagens domésticas e ao Exterior em 2018, revelou há pouco a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Os números da entidade, que engloba Avianca Brasil, Azul, Gol e Latam, mostram que a demanda por viagens aéreas no Brasil registrou crescimento de 4,44% de janeiro a dezembro de 2018 na comparação com mesmo período de 2017. A oferta teve resultado similar, com ampliação de 4,67% no período.
Segundo a Abear, “o equilíbrio mostra a preocupação do setor de prover transporte na medida exata do apetite dos consumidores no momento. É medida de eficiência, indicada pelo fator de aproveitamento das operações, que tendeu à estabilidade em 2018, com ligeiro recuo de 0,18 ponto percentual para 81,41%.”
Ao todo, foram 93 milhões de viajantes transportados apenas em voos dentro do País em 2018, total 3,57% maior do que o de 2017. Em números absolutos, houve um crescimento de 3,2 milhões de viajantes.
DESEMPENHO DOMÉSTICO
Tanto a oferta consolidada anual (com 117,3 bilhões de ASK) quanto a demanda consolidada anual (com 95,5 bilhões de RPK) são as maiores já registradas no mercado doméstico do Brasil, pontua a entidade. Os novos totais superam os de 2015 em ambos os casos.
A quantidade de passageiros, por sua vez, é a terceiro maior, abaixo do registrado em 2014 e 2015, nessa ordem. Já o fator de aproveitamento das operações teve o segundo melhor resultado anual, ligeiramente abaixo de 2017.
AÉREAS NO INTERNACIONAL
Já na divisão do mercado internacional, as companhias aéreas registraram crescimento de 16,45% na demanda de janeiro a dezembro de 2018. A oferta, por sua vez, contou com incremento de 19,70%.
Essa discrepância levou à perda de 2,3 pontos percentuais do fator de aproveitamento das operações em relação a 2017, indo a 82,48%. Nos 12 meses do último ano, as aéreas transportaram 9,3 milhões de pessoas (+11,79%), ou seja, foram 985 mil clientes a mais.
Em nota, a Abear esclarece que “a atual fase da aviação comercial brasileira, com liberdade tarifária e de rotas, o País contou pela primeira vez em 2017 com quatro grandes empresas nacionais realizando operações internacionais expressivas.”
Ainda de acordo com a associação, “com a gradual recuperação econômica do País após o ciclo de crise, e com uma retração de empresas estrangeiras no período, aquele figurou como o melhor ano para o conjunto de aéreas brasileiras no segmento internacional. Foram estabelecidos recordes de oferta, demanda, fator de aproveitamento e volume de passageiros.”
Em razão desse conjunto de fatos, a participação das transportadoras brasileiras ante as estrangeiras em relação ao total das operações internacionais envolvendo o Brasil passou de quase 26% em 2016 para aproximadamente 29% em 2017…