Em meio a mudanças de procedimentos de segurança no aeroporto de Viracopos, em Campinas, profissionais de serviços auxiliares de transporte aéreo (Esata) se queixam de tarifação abusiva e monopólio por parte da concessionária do equipamento. Em sua defesa, a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) afirma seguir normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e nega as acusações.
No final de julho, o Aeroporto Internacional de Viracopos iniciou um processo inédito no Brasil de inspeção total das cargas que por ali passam pelo terminal de cargas para a exportação. À época da mudança, o gerente de Segurança de Viracopos, Samuel Conceição da Silva, afirmou que, "com exceção dos Estados Unidos, onde é obrigatória a inspeção na origem, a inspeção de cargas em aeronaves que vão para outros países, como para a Europa, por exemplo, deixa a desejar. O passageiro de voos comerciais não sabe o que as aeronaves levam no porão. Isso é gravíssimo".
A medida não agradou os profissionais de serviços auxiliares de Viracopos. Representados pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo (Abesata), a entidade enviou uma carta de repúdio à Anac, alegando que a ABV tenta tirar as Esatas de Viracopos e implantar um monopólio dos serviços auxiliares no local.
O presidente da Abesata, Ricardo Aparecido Miguel, cita a cobrança de taxas por parte da ABV "“ que se inicia no dia 1º de agosto "“ para afirmar que a atuação no local se tornará inviável. "Se aplicados, os custos de exportação através do aeroporto de Viracopos subirão 120%", projeta e ainda alerta: "obviamente vão recair sobre o usuário do transporte aérea, não tem mágica"…