Diante do ajuste fiscal para melhorar as contas do país, o governo pretende reduzir a participação da Infraero nos próximos contratos de concessão de aeroportos previstos para o primeiro semestre do ano que vem.
De acordo com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, no âmbito da reformulação da Infraero, que deve ser anunciada na semana que vem, será definido percentual menor do que os 49% estabelecidos nos dois primeiros lotes de concessão de terminais aéreos.
A medida, segundo o ministro, já valerá para a concessão dos terminais de Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. %u201C[A mudança estará em vigor] nas outras concessões sim, porque é menos dinheiro que, em um momento de ajuste fiscal, o governo tem de despender.
Ainda não [está definido o percentual] porque devemos fixar com a presidenta [Dilma Rousseff], disse Padilha. O presidente da Infraero, Antonio Gustavo do Vale, disse à Agência Brasil que a mudança não preocupa a empresa. Na realidade, quanto menos participação, menor a necessidade, a obrigação do investimento. Então, a equação para a Infraero não faz diferença.
Mas é uma decisão de governo, disse Vale
Não só [diminui] o aporte agora, como os resultados futuros. No primeiro momento [de ajuste fiscal], vai permitir que o setor privado assuma a maior necessidade de investimento. O fato é esse. A Infraero não participa dessa decisão. Essa é uma decisão política, acrescentou o presidente.
De acordo com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, com o início do processo de concessões, surgiu a necessidade de reformular a Infraero para que a empresa tenha condições de sobreviver com sua própria atividade. Entre as mudanças a serem anunciadas nos próximos dias está criação de subsidiárias dentro da Infraero. A Secretaria de Aviação Civil e o Ministério do Planejamento já têm posição consolidada para que a Infraero crie subsidiarias.
Ela será a acionista controladora de três subsidiárias: a Infraero Serviços, [Infraero] Participações e [Infraero] Navegação Aérea, explicou Padilha. [A Infraero] vai usar o quadro excepcional de recursos humanos que tem, o conhecimento acumulado em 43 anos, colocando-se à disposição do mercado, interna e internacionalmente, acrescentou o ministro. Para isso, o governo decidiu que não irá repassar três grandes terminais à iniciativa privadas: Congonhas, Santos Dumont e Manaus…