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Seis empresas brasileiras se tornaram donas de aeroportos no País

Seis empresas brasileiras se tornaram donas de aeroportos no País nos últimos dois anos e pelo menos outras oito têm projetos em desenvolvimento para ingressar no setor. O negócio requer aportes bilionários: só os leilões somaram investimentos de R$ 25,2 bilhões e outorga (pagamento ao governo) de R$ 45,5 bilhões. Mas as empresas apostam no potencial das receitas adicionais, com maior oferta de serviços e exploração imobiliária dos espaços, para recuperar o capital injetado nos aeroportos.

Essa perspectiva de ganhos atraiu para o setor, principalmente, grupos ligados à construção civil, incorporação imobiliária, concessão de rodovias e até novas empresas. A porta para a iniciativa privada investir em aeroportos se abriu em 2012, quando o governo quebrou o monopólio da estatal Infraero e promoveu uma rodada de leilões.

O primeiro aeroporto concedido ao setor privado foi o de São Gonçalo do Amarante, arrematado pelo grupo de engenharia Engevix. Em seguida, também foram privatizados os aeroportos de Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão e Confins. Empresas como Invepar, CCR, Triunfo, Engevix, Odebrecht e UTC Participações venceram os leilões, tornando-se controladoras dos aeroportos mais movimentados do País. E continuam de olho em novas oportunidades espalhadas Brasil afora: “Estamos 100% focados no Galeão, mas temos necessidade e expectativa de novos negócios para diversificar nosso portfólio”, diz Paulo Cesena, presidente da Odebrecht Transport, que hoje administra 19 empresas na área de concessões rodoviárias, terminais portuários e mobilidade urbana.

A expectativa é de que a disputa em novos leilões continue acirrada. A Engevix, que tem dois aeroportos (São Gonçalo do Amarante e Brasília) sob sua gestão, já manifestou interesse em novas concessões. Segundo José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, o plano é ter quatro aeroportos grandes ou médios e outros dez regionais. Construção Enquanto algumas empresas aguardam uma nova rodada de leilões, outras companhias planejam construir e administrar aeroportos novos.

A possibilidade surgiu em dezembro de 2012, quando o governo publicou um decreto autorizando a exploração comercial de aeroportos públicos focados em aviação executiva pela iniciativa privada. Antes, as empresas podiam ter aeroportos próprios, mas não podiam cobrar tarifas para pouso ou decolagem. Desde então, a SAC (Secretaria de Aviação Civil) recebeu cinco pedidos de grupos privados para a construção de aeroportos para aviação executiva (leia abaixo).

Na lista estão a incorporadora JHSF, o grupo paranaense JMalucelli, a novata Harpia, de São Paulo, e construtoras médias regionais – a Penido, do Vale do Paraí­ba, e as pernambucanas Casa Grande Engenharia e Romarco. As perspectivas de retorno para as empresas que investem em aeroportos para voos comerciais e em espaços para aviação executiva são diferentes, explica o consultor da Bain & Company, André Castellini. “Nos aeroportos de aviação executiva, a receita com tarifa é menor. O maior ganho é com exploração imobiliária.”

Nos projetos de JHSF e Penido, em São Roque e Caçapava, o aeroporto é parte de uma espécie de bairro planejado, que também tem hotel, shopping e torres residenciais e comerciais. Já os grandes aeroportos constituem negócios que garantem fluxos financeiros de longo prazo para seus investidores, com concessões de, no…

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