O mercado da aviação civil no Brasil deve continuar expandindo pelas próximas três décadas, segundo projeções do governo, o que traz quatro grandes desafios ao setor, na avaliação de Juliano Noman, secretário da Secretária da Aviação Civil (SAC).
Ao falar sobre o tema nesta quinta-feira no 1º Seminário de Aeroportos Brasileiros, realizado em São Paulo, o secretário disse que o governo trabalha com uma projeção de crescimento de 6% ao ano do mercado na próxima década.
Depois, deve ocorrer uma desaceleração e o mercado segue aumentando entre 3% e 4% ao ano.
"Isso vai acontecer em função do amadurecimento do mercado, o que é normal. De qualquer forma, não se espera nada diferente do que um cenário de 30 anos de crescimento ininterrupto. Isso traz desafios de gestão e regulação", diz.
Os desafios citados por Noman foram divididos em quatro partes no planejamento da secretaria para o setor: melhorar o nível do serviço, adequar a capacidade da infraestrutura à evolução da demanda – investimentos das companhias aéreas devem triplicar a oferta de assentos em 20 anos – atender aos choques de demanda da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, e ampliar a cobertura geográfica e integrar regiões isoladas de difícil acesso.
"Estamos no mesmo patamar dos grandes mercados atualmente, por isso temos que nos concentrar nesses quatro pontos para melhorar a infraestrutura e dar suporte ao crescimento previsto", afirma.