A Associação Peço a Palavra acusa a TAP de desrespeitar as medidas cautelares do supervisor ao criar um centro de custos no Bangladesh, o que levará Ã deslocalização de trabalho, e a transportadora desmente e fala «em ignorância».
Em comunicado, a Associação Peço a Palavra, criada para contestar a privatização da TAP, defende que a criação de um centro de custos/lucro no Bangladesh «representa um cenário de deslocalização de trabalho, não se encontrando asseguradas as medidas que garantem que a TAP possa continuar com o contributo dos seus trabalhadores para o IRS e para Segurança Social em Portugal».
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Fonte oficial da TAP disse à Lusa que a companhia tem dezenas de centros de custo/lucro em várias regiões, que dizem respeito «a agentes de venda», mesmo em países de e para onde a transportadora nacional não voa, mas pode vender bilhetes em regime de ‘code-share’ (partilha de voos).
«Revela ignorância e profundo desconhecimento do negócio da aviação comercial», disse à Lusa a mesma fonte da TAP.
Confrontado com o esclarecimento da companhia, o vice-presidente da Associação Peço a Palavra, Bruno Fialho, reiterou que a gestão privada «está a colocar a TAP em ‘offshore'», desrespeitando «a promessa de que tudo ficava em Portugal».
Neste contexto, a associação envia a nota de serviço à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas, solicitando a anulação da decisão de criação do referido centro de custos…