A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) e as companhias aéreas representadas pela A4E (Airlines for Europe), juntamente com os aeroportos representados pelo Conselho Internacional de Aeroportos da Europa (ACI EUROPE – Airports Council International), informaram na quinta-feira, 5 de janeiro, que lamentam a recomendação acordada no dia anterior em conjunto pelos Estados-membros da UE, que exige um teste negativo de COVID-19 teste para passageiros que viajam entre a China e a União Europeia (UE).
Segundo a declaração conjunta das entidades, tal recomendação está em desacordo com a avaliação publicada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em 3 de janeiro de 2023, que confirma que o atual aumento de casos de COVID-19 na China não deve impactar a situação do perfil epidemiológico na UE/EEE (Espaço Econômico Europeu).
Isto porque as variantes da COVID-19 que circulam na China já estão presentes na UE/EEE, bem como existe maior imunidade adquirida pela população da UE. Como tal, testar sistematicamente os viajantes que chegam da China não pode ser considerado uma medida cientificamente orientada e baseada no risco.
A4E, ACI EUROPE e IATA não apoiam os testes de passageiros como forma de rastrear a COVID-19. Nesse sentido, a recomendação de testar águas residuais de aeroportos e de aeronaves provenientes da China oferece uma alternativa.
No entanto, isso deve vir com consideração detalhada dos aspectos técnicos práticos e operacionais antes de qualquer decisão ser tomada para implantar a amostragem de águas residuais em aeroportos e aeronaves.
Quando necessário, os aeroportos e as companhias aéreas farão o possível para facilitar essa amostragem – entendendo que ela precisa ser realizada pelas autoridades sanitárias competentes, pois o pessoal do aeroporto e da companhia aérea não está qualificado para isso…