Semelhante a um helicóptero, a aeronave eVTOL vai fazer descolagens e aterragens de forma vertical e a sua função será fornecer um serviço de transporte de passageiros num ambiente urbano, baseado na segurança, acessibilidade económica e baixa emissão de ruído.
O diretor de negócios da Atech, uma filiar da Embraer, responsável pelo desenvolvimento do sistema de controlo da aeronave, apresentou o projeto no âmbito da Exposição Latino-Americana de Espaço e Defesa, a maior feira do setor na região, que se realiza ao longo desta semana no Rio de Janeiro.
A aeronave brasileira é apresentada como uma solução para a mobilidade urbana que, no futuro, poderá ajudar no trânsito das cidades.
Embora o veículo ainda esteja em fase de protótipo, pode originar pedidos a médio e longo prazos. «Por isso, já nos estamos a preparar», explicou Marcos Resende à imprensa.
«O projeto ainda está numa fase muito inicial, porém, estamos a desenhar conceitos e soluções que serão aplicadas ao sistema dessas aeronaves», acrescentou.
Os aviões elétricos são apresentados como o futuro da aviação no mundo e como uma forma de reduzir os altos níveis de poluição deixados pelos combustíveis.
Empresas como a Boeing, Airbus e Siemens já manifestaram interesse em «dar o salto» para as aeronaves elétricas e na Eslovénia a empresa Pipistrel já construiu uma aeronave elétrica de dois assentos, que foi adquirida pela Noruega, país com tradição em energia limpa.
Segundo Marcos Resende, aviões deste tipo já estão a voar em alguns países, mas antes que possam fazê-lo no Brasil é necessário desenvolver «sistemas de controlo e toda a parte de segurança» para as futuras aeronaves.
O primeiro conceito do projeto foi apresentado em maio do ano passado na cidade norte-americana de Los Angeles, durante o Uber Elevate 2018…