A operadora Changi Airport decidiu devolver a concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro.
A empresa de Singapura tem 51% do capital do terminal do Galeão e atribui a decisão à má situação econômica brasileira desde 2014 – quadro que foi agravado com a pandemia da Covid-19.
Com a decisão do operador, o governo anunciou que vai relicitar o Galeão junto com o aeroporto Santos Dumont em uma nova rodada de concessão que deve ser realizada em 2023.
Em comunicado à imprensa, a operadora que controlava o Galeão lembra que o Brasil sofre uma série de problemas econômicos há quase uma década, como a recessão entre 2014 e 2016, queda de preços das commodities e, mais recentemente, a pandemia da Covid-19.
“A pandemia provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto”, cita a nota à imprensa.
A concessionária RIOgaleão é controlada pela Changi Airport, que opera o Aeroporto de Singapura, considerado um dos melhores do mundo. A empresa estrangeira tem 51% das ações e a estatal Infraero tem os 49% restantes.
Diante da decisão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou que o governo vai reprogramar a concessão do outro aeroporto fluminense, o Santos Dumont.
“Nós vamos estudar a concessão do Galeão e do Santos Dumont em conjunto. Estamos criando uma 8ª rodada de concessão”, disse em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira…